São Paulo, 7 de novembro. Com 34 pontos e risco de rebaixamento na casa dos 70%, Pachequinho estreia no comando do Coritiba a cinco rodadas do fim do Brasileiro. O time perde para o Corinthians (2 a 1), mas quase surpreende o futuro campeão nacional e sai fortalecido na disputa contra o descenso.
Curitiba, 1.º de dezembro. Após completar três vitórias consecutivas (Goiás, Santos e Palmeiras) e alcançar 43 pontos na tabela de classificação, o Coxa vive a semana da despedida do campeonato, contra o Vasco, neste domingo (6), às 17 horas, no Couto Pereira, sob ameaça mínima: apenas 1% de chance de cair.
Matemática que por um lado praticamente salva o Alviverde da queda. Por outro, não inspira qualquer sentimento de alívio no treinador responsável pela ‘quase’ façanha.
“O quase não existe no futebol”, responde o técnico e ex-atacante, ídolo coxa-branca na década de 90, quando perguntado se a missão estava praticamente concluída.
De 70% a 1% de risco de queda: veja a evolução do Coxa com Pachequinho
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“Temos de chegar ao 100% de certeza [que não vamos cair]. Não dá para cravar nada antes”, prossegue o substituto de Ney Franco no banco de reservas.
Quando foi alçado de olheiro a treinador, Pachequinho se deparou com um grupo abatido e que não vencia há seis rodadas. Na visão dele, contudo, o elenco não carecia de confiança. Faltava mesmo uma prova de era possível sair do buraco.
“Era um time que precisava reagir. E se formos analisar o primeiro jogo, foi uma derrota. Porém aquele jogo mostrou que poderíamos sair. Bastava acreditar, jogar de forma mais corajosa. Agredir mais”, justifica.
O confronto diante do Timão, então, virou exemplo para o treinador. Ele passou a exigir dos jogadores, no mínimo, a mesma dedicação deixada no Itaquerão.
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Os resultados vieram, mas não se sustentariam puramente à base de motivação. A questão tática também pesou na reação.
Com uma proposta de jogo prioritariamente sem a bola – o Coxa teve menos posse do que o adversário em todas as quatro partidas –, Pachequinho buscou equilibrar os setores da equipe.
“Tivemos de dar consistência à questão defensiva. Com menos posse de bola, seríamos mais exigidos. Ao mesmo tempo, conseguimos ocupar espaço, compactar e ter contra-ataques e jogadas rápidas. Ter menos a bola não quer dizer finalizar menos do que o adversário”, analisa, comemorando o fato de que nenhum dos sete gols veio de bola parada.
“Se os jogadores não entendessem a mensagem, jamais chegaríamos a essa condição na última rodada”, lembra o treinador, que pode salvar o clube até em caso de derrota, dependendo de tropeços de Figueirense e Avaí.
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