‘Conexão Paraguai’ tenta amenizar erros do Coritiba com boleiros sul-americanos

O paraguaio Jorge Ortega, apresentado na semana passada como mais uma opção para o ataque do Coritiba, puxa a fila de outros dois jogadores do país vizinho que negociam com o clube: o zagueiro Nery Bareiro, que estava no Junior Barranquilla, da Colômbia, e o lateral-esquerdo Cezar Benítez, do Cerro Porteño. Ortega, ex-Deportivo Luqueño, traz grande expectativa. Ele chega ao clube com uma missão clara: ser o primeiro latino-americano a se destacar no Alto da Glória desde argentino Ariel Nahuelpán.

O centroavante raçudo e trombador conquistou a torcida com gols e a entrega em campo. Porém, deixou o time em litígio na Justiça. Depois dele, outros cinco gringos foram contratados – um deles ainda está no elenco –, mas nenhum se aproximou dos feitos do argentino.

Para ficar claro, não entram na conta os africanos Geraldo (Angola) e Joel (Camarões), apenas atletas nascidos na América Latina.

Darío Bottinelli

Contratado do Flamengo, o argentino ficou mais conhecido pela cena da foto acima, quando se lesionou seriamente após carrinho aplicado de Lincoln em um treino do que por seus lances com a camisa do Coritiba. Após se recuperar da fratura no tornozelo direito, ocorrida em fevereiro de 2013, ele só voltou a jogar no fim de maio, na estreia do Brasileiro. Mesmo assim, não engatou uma boa sequência de jogos e deixou o clube no fim da temporada. Hoje, com 29 anos, defende o Toluca, do México.

Raúl Iberbia

O lateral esquerdo desembarcou no Couto Pereira ainda em 2013, durante a parada para a Copa das Confederações. Mas o argentino não agradou nas poucas chances que no Brasileiro – apenas quatro partidas. No ano seguinte, sequer foi integrado ao elenco que disputou o Estadual, treinando à parte no CT da Graciosa. Assim que seu vínculo terminou, em junho, deixou o Coxa. Atualmente, com 26 anos, está no Colón, da Argentina.

DESAFIO - você reconhece o escudo do seu time? Faça o teste

Raúl Ruidíaz

“Ruidíaz não é promessa”. Foi assim que o então presidente Vilson Ribeiro de Andrade apresentou o atacante peruano no Coritiba, em 2012. Não foi bem assim que as coisas aconteceram. Pelo clube, o jovem de 22 anos fez apenas oito jogos no Brasileiro – não marcou nenhum gol. Também chegou a desperdiçar um pênalti na estreia no Paranaense de 2013. Em março, com problemas de adaptação, ‘La Pulga’ acabou sendo emprestado ao Universitário, do Peru, nas duas temporadas seguintes. Ele segue por lá até hoje, agora sem vínculo com o Coxa.

Sergio Escudero

O zagueiro/lateral-esquerdo teve uma polêmica passagem pelo Alviverde, entre 2012 e 2014. O argentino compensava a falta de técnica com muita raça em campo, mas seu estilo de jogo descontrolado causou diversas expulsões, inclusive em Atletibas. Escudero também se envolveu em uma guerra de palavras com torcedores atleticanos no Twitter, fato que acabou lhe rendendo um ano de suspensão, pena que mais tarde foi reduzida no STJD. Em 2014, o Coritiba o emprestou para o Criciúma. Hoje ele defende o Belgrano, da Argentina.

Lucho Cáceres

O paraguaio ainda tem tempo para sair dessa lista. Se depender das atuações do meia no ano passado, quando chegou com status de titular do meio campo, porém, será mais um gringo latino que não emplacou no Coxa. O jogador não conseguiu reproduzir em Curitiba as atuações que teve no Vitória, onde jogou entre 2013 e 2014. Por isso, foi deixado no banco de reservas na maior parte do tempo, seja com Marquinhos Santos, Ney Franco ou o interino Pachequinho. Com Gilson Kleina, em 2016, não tem sido diferente.