Principal entusiasta da renovação com o técnico Ney Franco para 2016, o presidente Rogério Bacellar não suportou a pressão de conselheiros para demitir o treinador do Coritiba nesta terça-feira (3). A insistência de alguns torcedores dos mais variados escalões, de dentro da diretoria e também do Conselho Deliberativo, prevaleceu sobre as convicções do mandatário. O ídolo Pachequinho, atacante do clube nos anos 90 e hoje olheiro, comanda interinamente o Coxa na partida contra o líder Corinthians sábado (7), em São Paulo.
“Claro que existiu pressão para a saída do Ney”, garante um conselheiro que prefere não se identificar.
Antes do anúncio da demissão do técnico, por volta das 14h30 desta terça, um grupo de dez conselheiros foi ao Couto Pereira conversar com Bacellar. O presidente havia dito que estava cogitando a demissão do treinador, mas que preferia ouvir mais pessoas antes de tomar a decisão.
O grupo então o pressionou para demitir Ney Franco imediatamente. Houve inclusive a ameaça de que os conselheiros só saíriam da sala do presidente com a confirmação da demissão.
“Os conselheiros disseram ao presidente que não havia mais clima para manter o Ney Franco no cargo”, afirma um conselheiro que também prefere não se identificar.
O empate em casa para o Figueirense, sexto jogo seguido sem vitória - com cinco derrotas – tornou a permanência do técnico insustentável. O momento mais delicado, no entanto, aconteceu após o jogo anterior.
Depois da derrota para o São Paulo, torcedores invadiram o estacionamento do Couto e foram ao vestiário intimidar o elenco e pressionar a diretoria a tomar uma decisão sobre a fase ruim. O meia Tiago Galhardo teve de esconder no vestiário do adversário por 15 minutos. Entre os torcedores que participaram do protesto, segundo o próprio Bacellar, estariam conselheiros. “
Pressão de membros do G5
Antes da pressão dos conselheiros, Ney Franco já havia enfrentado a pressão da própria diretoria para deixar o cargo. Em agosto, após derrota para o Santos, com 11 partidas do treinador no comando, o vice-presidente Pierre Boulos defendeu a saída do treinador em reunião do G5.
A postura de parte da cúpula alviverde irritou o treinador. Entretanto, em entrevista à Gazeta em setembro, Ney Franco afirmou que após a derrota para o Santos, principalmente depois do vazamento das conversas de membros do G5 na polêmica do WhatsApp, o elenco se uniu e bancou sua permanência. Logo depois, o clube viveu seu melhor momento, com apenas uma derrota em dez jogos.
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