O Conselho Deliberativo do Coritiba analisa nesta quinta-feira (3), a partir das 19 horas, o relatório do Conselho Fiscal sobre o caso dos R$ 200 mil doados pelo clube à campanha de Ricardo Gomyde para a presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF). O parecer indica inconsistências na prestação de contas.
A falta de explicações aponta para André Macias, vice-presidente que se licenciou do Coxa na última segunda-feira (31). O dirigente foi o responsável por gerenciar o montante destinado para a eleição na FPF. E, de acordo com o Conselho Fiscal, não soube identificar integralmente as despesas.
Coritiba deu R$ 100 mil para dirigente do Maringá antes de eleição na FPF
Leia a matéria completa- Coritiba deu R$ 100 mil para dirigente do Maringá antes de eleição na FPF
- Vices envolvidos na polêmica do WhatsApp pedem afastamento do Coritiba
- Veja as conversas no WhatsApp que minaram a cúpula do Coritiba
- Mensagens de Whatsapp geram nova crise e demissões no Coritiba
- Linha do tempo: veja como o G5 do Coxa se desmanchou em menos de um ano
Há dúvidas sobre parte dos gastos de metade do valor. Foram apresentadas notas de jantares, aluguel de salas etc, somas que não alcançam R$ 100 mil. O Conselho Fiscal ainda questiona a procedência de determinadas recibos.
“Eu tenho como comprovar tudo. Recebi cópia de todas as despesas. Vou mostrar isso”, contesta Macias. Na última sexta-feira (29), o dirigente entregou um “kit” ao órgão que, segundo Macias, comprovam custos de R$ 101 mil.
A reunião do Deliberativo, realizada em regime extraordinário, pode acarretar na abertura de um processo contra André Macias no Conselho de Ética do Alviverde. Desde que foi revelado, o caso ferve os bastidores do Alto da Glória.
“Como presidente do Deliberativo preciso de serenidade, ser um mediador. O parecer será apresentado e faço questão que todos tenham direito a voz na reunião”, declara Pierpaolo Petruzziello, presidente do Conselhão coxa-branca.
O relatório comprova que os outros R$ 100 mil foram parar nas mãos de Paulo César Regini, diretor do Maringá. Quantia que saiu em cheque do Couto Pereira e foi depositada em espécie na conta pessoal do cartola.
Os R$ 200 mil estão sendo devolvidos aos cofres do clube pelo presidente Bacellar. Foi acertado o pagamento de oito parcelas de R$ 25 mil. Restam ainda R$ 75 mil para serem restituídos.
O presidente do Coxa não sabe como foi utilizado o dinheiro. “Quem pegou o dinheiro do Coritiba foi o André Macias, e quem coordenou foi o Juliano Tetto. Agora, não sei que fim deu o dinheiro. Não posso te dizer, não tem GPS para acompanhar”, afirma Bacellar.
Ricardo Gomyde, que contou com ainda com o apoio de Atlético e Paraná, perdeu o pleito para a chapa de situação, de Hélio Cury.
Deixe sua opinião