A diretoria do Coritiba anunciou, na tarde desta terça-feira (3), o afastamento imediato do atacante Keirrison da equipe principal. Apesar de ter contrato válido até junho de 2017, a tendência é que o jogador não atue mais pelo clube e passe a treinar separadamente a partir desta quarta-feira (4).
“Está definido. O Keirrison não joga mais pelo Coritiba”, cravou o diretor de futebol coxa-branca, Valdir Barbosa, que não descarta uma ação judicial do clube contra o jogador. Por causa de atrasos salariais, Keirrison pediu ao técnico Ney Franco para não ser relacionado na partida diante do Figueirense, no último sábado (31), no Couto Pereira. Na segunda-feira, ele fez duras críticas à diretoria alviverde.
“Ele terá toda a assistência para treinar no centro de treinamentos do clube. Mas tudo o que aconteceu está entregue ao nosso departamento jurídico. Alguma coisa vai ser feita”, prossegue Barbosa.
Por outro lado, o advogado que representa Keirrison, Diego Tavares, confirmou que o jogador entrará nos próximos dias com uma ação trabalhista contra o Coritiba cobrando os valores que tem a receber do clube. “Tomamos as medidas cabíveis pelo fato de a situação ter ficado irreversível após os acontecimentos do último final de semana”, disse Tavares, referindo-se à recusa de Keirrison de jogar contra o Figueira.
Em setembro, o atacante já havia notificado o clube extrajudicialmente, cobrando quase R$ 600 mil entre 13.ª salário, férias, ordenados, FGTS e até mesmo despesas médicas, hospitalares e de fisioterapia de uma cirurgia realizada em agosto desse ano. Recentemente, a diretoria do Coritiba quitou dois meses de salários atrasados com o atleta. “O restante ainda está em débito”, complementa Tavares.
Durante a semana que antecedeu o empate por 1 a 1 entre Coxa e Figueirense, no último sábado (31), Keirrison foi um dos destaques dos treinamentos comandados por Ney Franco. Mas, ao ser relacionado para enfrentar os catarinenses, o atacante pediu para a comissão técnica para não ir para o jogo.
A decisão de Keirrison gerou cobranças ríspidas do diretor de futebol alviverde. “Não quer jogar, não vai jogar. Mas ele tem um contrato para cumprir. Foi uma decisão individual e perigosa. Ele se precipitou”, disparou Barbosa, após o jogo. Ney Franco, por outro lado, manteve discrição quanto ao assunto. “Temos de respeitar a vontade do atleta”, disse.
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