Coritiba aprova a Primeira Liga apesar da despedida melancólica contra o Avaí

Um dos mentores da Primeira Liga, o Coritiba despede-se da competição nesta quinta-feira (9), contra o Avaí, às 21h45, sem chance de classificação. Após todo o esforço para que o torneio saísse do papel, o Alviverde acabou sendo prejudicado pela tabela: manda seu único jogo no Couto Pereira na terceira e última rodada, já eliminado.

Mesmo assim, dentro do clube a participação é considerada positiva pelo aspecto financeiro, além de ter permitido duelos contra equipes fortes, que serviram de teste para o elenco. “Nosso esforço não era para ser campeão. A competição tinha o objetivo de mostrar que os clubes não estavam contentes com o que estava acontecendo. O objetivo maior foi alcançado”, defende o diretor executivo do clube, Maurício Andrade.

A análise tem de ser feita não só pelo resultado em campo. Ou fazíamos a competição como foi feita ou nunca iam dar espaço para que ela saísse do papel. Não tenho dúvida que o esforço valeu a pena

Maurício Andrade, diretor executivo do Coritiba

O dirigente coxa-branca explica ainda que, enquanto o clube acumula prejuízos no Estadual, a Primeira Liga pagou todas as despesas nos dois jogos fora de casa, além de um valor de R$ 200 mil no total por atuar duas vezes como visitante.

FICHA TÉCNICA: veja as escalações de Coxa e Avaí para a partida

“A análise tem de ser feita não só pelo resultado em campo. Ou fazíamos a competição como foi feita ou nunca iam dar espaço para que ela saísse do papel. Não tenho dúvida que o esforço valeu a pena”, ressalta Andrade, destacando que antes o Coritiba costumava passar os três primeiros meses do ano jogando apenas contra um time da Série A, o rival Atlético.

Responsável por iniciar as conversas com os demais clubes para recriar a Copa Sul-Minas, tendo inclusive emprestado seu departamento jurídico para viabilizar a competição, o Coxa foi o único a não se beneficiar da atratividade do torneio para tentar encher seu estádio. Já eliminado no Grupo B, recebe o Avaí com reservas e sem grande expectativa.

A boa presença de público inclusive era um dos atrativos da competição em contraposição à fraca presença nas arquibancadas no Estadual. Assim, apesar das promoções feitas pela diretoria para essa partida, há boa chance de o Couto Pereira ter o menor público do ano. Até agora, o mais baixo foi de 5.374 pagantes na segunda rodada do Estadual, contra o Cascavel.

“Quando saiu, a tabela foi votada de forma democrática e aprovada. Com o Grêmio e o Atlético-MG na Libertadores, não tinha opção de datas, não tinha o que fazer. Mas para o próximo ano já um planejamento para fazer uma competição melhor”, diz Andrade.