Um dos motivos do Coritiba estar prestes a completar dez rodadas seguidas na zona de rebaixamento do Brasileiro está no ataque. Com 8 gols em 13 partidas, o Alviverde tem o terceiro pior setor ofensivo da competição, apenas na frente de Vasco e Joinville, e vai precisar melhorar isso contra o Figueirense, no domingo, fora de casa.
A boa notícia para o Coxa é que o time tem criado as jogadas ofensivas. Segundo o site Footstats, a equipe é a 10ª que mais finaliza, com 57 arremates certos no total. Se fizesse os gols que cria, o time estaria pelo menos no meio da tabela.
“Os números mostram bem essa situação porque é a equipe que, apesar de criar, não consegue ser efetiva na finalização e acaba tendo mais problemas na competição”, admite o meia Lúcio Flávio. “Por isso estamos já há algumas rodadas na zona de rebaixamento”, acrescentou.
O jogador argumenta que a situação só vai mudar, incluindo o emocional do time, quando a pontaria entrar nos eixos. “Quando a equipe conseguir ter mais competência na finalização os gols vão sair e a tranquilidade no momento do jogo acabará sendo maior”, lembrou.
“Quando você não faz os gols, isso acaba trazendo um prejuízo muitas vezes emocional para a equipe e até em função do momento isso acaba atrapalhando”, lembrou o camisa 8, pregando que o time saiba jogar em Florianópolis até para que a pressão da torcida vire impaciência se o gol dos mandantes não sair.
Pressão que o volante Alan Santos conhece bem. Quando atuava no Santos, o jogador chegou a ver a torcida organizada ir ao centro de treinamento cobrar o elenco por causa de maus resultados. Mesmo assim, ele diz acreditar que é justo a torcida coxa-branca não estar satisfeita.
“O torcedor tem todo o direito de reclamar. Ele gasta o seu dinheiro para assistir o jogo, e está querendo a vitória. Nosso time tem criado bastante, mas infelizmente não têm saído os gols”, lamentou. “É muito difícil jogar na zona de rebaixamento porque qualquer coisa a torcida vai ficar no nosso pé. Quando eu cheguei, sabia que o Coritiba tinha passado por isso nesses anos. A gente não tem outro antídoto a não ser trabalhar”, resumiu.
O diretor executivo do Coxa, Maurício Andrade, contou que o clube está analisando no mercado a possibilidade de trazer mais um atacante experiente.
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