O grande número de jogadores lesionados, oito no total, preocupa o Coritiba. A ponto de o presidente Rogério Bacellar ter convidado o ex-presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando de Macedo, a diagnosticar o que pode estar errado no departamento médico.
“Pedi para o Macedo ver o que está acontecendo, se falta algum equipamento ou auxílio ao pessoal da parte médica. Essa semana já teremos algumas soluções”, acredita o presidente alviverde.
Veja quem são os jogadores do Coritiba no DM:
- Bonfim, zagueiro – entorse no tornozelo. Não é relacionado desde 13 de junho (último jogo foi 1º de março) ;
- Cáceres, volante – entorse no tornozelo. Não joga desde 21 de junho;
- Carlinhos, lateral-esquerdo – fissura na tíbia. Não joga desde 9 de maio;
- Hélder, volante – dores no púbis. Não joga desde 8 de julho;
- João Paulo, volante – corte no pé. Não joga desde 8 de julho;
- Kléber Gladiador, atacante – lesão na coxa. Não joga desde 28 de junho;
- Rosinei, volante – dores musculares. Não joga desde 30 de maio;
- Ruy, meia – lesão na panturrilha. Não joga desde 21 de junho.
Macedo, que é conselheiro nato do Coxa e foi médico do time na década de 70, presidiu a AMP por dez anos, até 2011. Entre 2010 e 2011, na segunda gestão de Jair Cirino, ele formou com Vilson Ribeiro de Andrade e Ernesto Pedroso o trio que comandou o Coritiba na conquista de dois títulos estaduais e na chegada à primeira de duas finais de Copa do Brasil. Vilson foi derrotado na eleição de dezembro de 2014, enquanto Pedroso era vice-presidente de futebol da atual gestão até o início de julho.
O médico diz que ainda não aceitou o convite de Bacellar por causa de sua agenda profissional – atualmente ele preside a Universidade Coorporativa da AMP. Mas garante que, se for possível, estará disposto a ajudar o clube.
“Se eu aceitar, não vai ter caça às bruxas. Vou chamar todos para conversar, dar apoio para eles e fortalecer ainda mais o clube. Não dividir.”
Macedo conhece os médicos do clube e exalta suas competências, reforçando a ideia de somar e não dividir com sua ajuda externa.
Bacellar explicou o porquê da iniciativa em buscar ajuda de fora.
“Precisamos entender o que está acontecendo. Afinal, não é de hoje que enfrentamos problemas assim. Ano passado também tivemos um número grande de lesões e uma demora acentuada na recuperação.”
A diretoria é cautelosa ao tratar do tema. O caso mais preocupante é do lateral Carlinhos, que se recupera de fissura na tíbia. Bacellar não quer que o jogador vire um novo Emerson, ex-zagueiro coxa que teve uma fratura mal diagnosticada em 2012 e ficou cerca de um ano sem poder jogar.