Uma grande decepção abriu o ano para o Coritiba, com o vice-campeonato estadual dentro do Couto Pereira, para o rival Atlético. E a temporada não melhorou muito para os alviverdes, que viram o time afundado na parte baixa da tabela do Brasileirão durante boa parte da competição. Uma das raras alegrias foi a classificação às quartas de final da Sul-Americana, com uma vitória emocionante sobre o Belgrano, na Argentina.
O primeiro ato coxa-branca no ano foi o Estadual, quando o comando do time ainda estava nas mãos de Gilson Kleina. E teve até um momento de euforia, com a vitória sobre o Atlético no primeiro clássico disputado na grama sintética da Arena da Baixada. O triunfo por 2 a 0 foi convincente e parecia que iria fazer o time finalmente ganhar corpo no torneio. Depois de eliminar Toledo e PSTC nas fases de mata-mata, fazendo 11 gols e não tomando nenhum, o Coritiba chegou à decisão contra o rival em alto astral. Por isso, o baque foi grande após as duas derrotas – 3 a 0 na Arena e 2 a 0 no Alto da Glória – que culminaram com o amargo vice-campeonato do Coritiba.
Destaque positivo
Após ter feito apenas um gol no seu primeiro ano no Coritiba e gerar dúvidas se valia a pena o clube renovar o seu contrato, em 2016 Kléber não decepcionou. Com 23 gols em 41 jogos, o atacante foi o principal destaque da equipe na temporada. Foi o terceiro maior artilheiro do país, atrás de Robinho (25) e Grafite (24).
Destaque negativo
O atacante paraguaio foi apresentado em fevereiro com a moral após ter sido fundamental na eliminação do Atlético na Sul-Americana do ano anterior, quando jogava pelo Sportivo Luqueño-PAR. “O Paranaense é meu freguês”, brincou na apresentação. Não deu certo. Em 16 jogos no ano pelo Coxa, fez apenas um gol e deu uma assistência.
Fracasso que também teve um capítulo na Copa do Brasil, logo na sequência. O Coxa foi eliminado na segunda fase pelo Juventude sob o coro de “vergonha, vergonha”. Após perder fora de casa por 1 a 0, o time paranaense apenas empatou em casa com os gaúchos por 2 a 2. A soma de frustrações levou à saída de Kleina, substituído por Pachequinho.
Na Primeira Liga, também disputada no primeiro semestre, o time já havia sido eliminado na primeira fase, com uma vitória, um empate e uma derrota.
CONFIRA a retrospectiva de 2016 do Atlético
Veio então o Brasileiro. Com Pachequinho no comando, o Coritiba fez 13 partidas, com 35% de aproveitamento. A má fase derrubou mais um treinador. Paulo César Carpegiani chegou ao Alto da Glória com o Alviverde na vice-lanterna. Aos poucos, conseguiu deixar o time mais competitivo. Somou 44% dos pontos disputados e evitou o rebaixamento com antecedência de duas rodadas.
CONFIRA a retrospectiva de 2016 do Paraná
Dentro de campo, o ponto alto do Coxa ficou com a Sul-Americana. Contra o argentino Belgrano, em casa registrou o maior público do ano, com 22.950 pagantes. No jogo fora, em uma disputa que acabou nos pênaltis , passou pela primeira vez de fase em um torneio internacional jogando contra um time estrangeiro. Na sequência acabou eliminado pelo Atlético Nacional, nas quartas de final.
Entre os jogadores, destaque para o atacante Kléber, que, mesmo sofrendo com lesões no segundo semestre, terminou o ano como terceiro maior artilheiro do Brasil na temporada, com 23 gols. O líder de assistências foi o meia Juan, com 12 passes. O zagueiro Juninho foi o que mais jogou, entrando em campo em 61 das 67 partidas do Coritiba no ano.
Fora de campo, a proposta de construir um novo estádio voltou a ganhar destaque. Quase no fim do ano, também marcaram a temporada alviverde a decisão de sair da Primeira Liga por divergências sobre a divisão das cotas de tevê e a homenagem à Chapecoense, que lotou o Couto Pereira com torcidas de vários clubes no local onde deveria ter sido a final da Sul-Americana.
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