Aloísio entre Chico (à esq.) e o capitão Pereira: zaga alviverde, a mais vazada do campeonato, deu muito espaço para o atacante, autor dos três gols do Figueira| Foto: Cristiano Andujar/ FolhaPress

Coxa tem semana decisiva para reforçar o elenco

Alviverde segue atrás de um atacante de referência, mas o baixo aproveitamento da defesa pode fazer a diretoria rever

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Derrocada

A luz vermelha está acesa no Alto da Glória. Ao final do primeiro turno do Brasileiro, o Coritiba acumula aproveitamento de 33%, com 19 pontos (5 vitórias, 4 empates e 10 derrotas). No ano passado, neste mesmo momento do campeonato, o Coxa ocupava a 9ª colocação, com 26 pontos (7 vitórias, 5 empates e 7 derrotas). Como comparação, no mesmo período de 2011, o Atlético, que abria a zona de rebaixamento naquele ano, tinha 31,5% de aproveitamento, com 18 pontos. Os outros três rebaixados tiveram o seguinte desempenho na parte inicial: Ceará 25 pontos; América-MG, 13 pontos; e Avaí 17.

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Considerada inesperada pela comissão técnica e jogadores do Coritiba, a derrota por 3 a 1 para o Figueirense, neste domingo (26), em Florianópolis, serviu como um choque de realidade para o Alviverde e reposicionou as pretensões do clube no Campeonato Brasileiro: brigar para não cair.

O discurso foi repetido por atletas e comissão técnica ao apito final do árbitro, no Estádio Orlando Scarpelli. Com 19 pontos, o Coxa está a apenas três da temida zona de rebaixamento e vê o sonho da Libertadores ruir de vez – o Vasco, atual 4.º colocado, soma distantes 35 pontos.

"Tem de cuidar, trabalhar [para fugir das últimas colocações]. É muito difícil, a pressão é muito grande. Num campeonato por pontos corridos você tem de somar pontos. Fomos muito bem em outras competições [Paranaense e Copa do Brasil] e agora temos de fazer um segundo turno mais regular, mais consistente. Por isso é preciso conversar sobre os nossos erros para ter um time mais equilibrado", reconheceu o técnico Marcelo Oliveira, bastante abalado ao final do jogo.

Com a missão de tentar escapar da degola, o time sabe que precisa melhorar – e muito – o seu desempenho no campeonato. Ao final do primeiro turno, o Coritiba acumula apenas 33% de aproveitamento, na modesta 15.ª posição. Para atingir os 45 pontos, considerados pelos matemáticos como pontuação ideal para permanecer na Série A e não repetir as campanhas fracassadas de 2005 e 2009, o Coxa precisa vencer nove dos dez confrontos que tem em casa no segundo turno.

Em campo, no encontro das duas piores defesas do Nacional, a promessa de muitos gols em Florianópolis foi cumprida. Mas, para tristeza da torcida coxa-branca, foi a zaga paranaense que não acertou na marcação e foi facilmente dominada pelo Figueirense.

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Autor de três gols no jogo, o atacante Aloísio foi o grande destaque da partida, envolvendo o sistema defensivo do Coritiba em boas jogadas de velocidade com Caio. "Começamos o jogo devagar, deixamos o Figueirense marcar no nosso campo de defesa e dificultar a nossa posse de bola. Tivemos outra proposta no segundo tempo, mas sofremos o gol e depois da expulsão ficou mais difícil", comentou Eltinho, referindo-se ao cartão vermelho levado por Éverton Ribeiro, aos 20 minutos da etapa final, quando o placar já apontava 2 a 1 para os donos da casa. O atacante Anderson Aquino fez o gol de honra do Alviverde.

"Nos contra-ataques eles [Figueirense] fizeram os gols de maneira muito rápida. Faltou diminuir os espaços. Eles marcaram forte, jogaram no contra-ataque e em três bolas pegaram a nossa defesa desarrumada. Assim marcaram os três gols. Temos de marcar forte e diminuir os espaços para melhorar a nossa posição no campeonato", analisou o lateral-direito Ayrton.

O jogo

Apesar de enfrentar o lanterna, o Coritiba foi facilmente envolvido pelas jogadas de Caio e Aloísio, este autor de três gols do Figueirense. O Coxa também se deixou dominar taticamente pelos donos da casa.

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