Como se não bastasse ser o vice-lanterna, dentro da zona do rebaixamento, o único que não venceu e produzindo seu pior início de Brasileiro na história, o Coxa corre o risco de antes da Copa do Mundo alcançar mais uma marca negativa: a de maior jejum de vitórias. Algo que ocorrerá caso o Alviverde não vença o Criciúma hoje, às 19h30, fora de casa, e o Goiás, no sábado, na Vila Capanema.
Se não conseguir "tirar a zica" em nenhum desses jogos, os comandados pelo técnico Celso Roth chegarão a nove partidas sem vencer, igualando a equipe de 1999 que, comandada por Abel Braga, teve cinco derrotas e quatro empates. Há 15 anos, após vencer o Paranaense depois de 10 anos e iniciar o Brasileiro com duas vitórias, o Coxa engrenou essa sequência negativa que culminou com uma derrota por 3 a 0 para o Guarani em pleno Couto Pereira. A última de Abel Braga no clube, contrariando um desejo da própria arquibancada.
Relembre o jogo contra o Guarani em 1999, ano do maior jejum do Coxa
Confira as escalações de Criciúma e Coritiba para o jogo
"A torcida cantava fica Abel, fora Jacob Mehl", conta o presidente da época, criticado naqueles dias. "Eu fui para casa decidido a sair da presidência, mas os meus vices me fizeram mudar de ideia e convenceram o Abel, que é meu amigo, a sair. O problema do time era tático. Depois, com o Márcio Araújo, ficamos nove jogos sem perder. Diferentemente de hoje, que o treinador está fazendo milagre", critica Mehl. A equipe terminou em 13.º lugar.
No entanto, para alguns jogadores daquela época o problema não era o comando técnico. É o que diz Reginaldo Araújo. "Tivemos de mostrar qualidade técnica e sobressair sobre o adversário. Não adianta falar que está unido. Tem de assumir a responsabilidade", ensinou aos atletas de hoje.
Para tentar sair da atual maré negativa, o técnico Celso Roth promoverá cinco alterações hoje em relação ao time que perdeu o Atletiba. O lateral-direito Reginaldo fará sua estreia e será o 23.º jogador aproveitado pelo treinador neste Brasileiro. Uma esperança para acabar com a crise que tem mexido com todo o clube. Internamente, por mais que não exista uma oposição formada, o número de conselheiros do clube insatisfeitos é cada vez maior.
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