Dado Cavalcanti, técnico do Coritiba: preocupação com o Maringá| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

O Coritiba encara hoje um franco-atirador, despreocupado e motivado a ponto de poder complicar a partida desta noite, às 22 horas, no Willie Davids. Equipe do interior com melhor campanha no Paranaense, o Maringá já conseguiu o que queria: calendário. Agora, joga tranquilo e acompanhado da entusiasmada torcida atrás de uma final inédita para a mais nova versão para o time maringaense.

CARREGANDO :)

Dez mil pessoas são esperadas nesta noite para apoiar a equipe que coleciona êxitos desde a vitoriosa campanha do acesso em 2013. Com apenas uma derrota em toda a Série Prata, a equipe recolocou a tradicional Cidade Canção na elite estadual após seis anos.

Sob o comando do técnico Claudemir Sturion – responsável pela formação do elenco há dez meses e que anunciou ontem a saída do clube após o Paranaense –, com pouca troca de jogadores e um bom ambiente, o Maringá chegou a liderar o Paranaense 2014. Estreou com vitória sobre o time B do Alviverde, venceu também o Paraná em um total de sete vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Publicidade

Nesta lista estão os dois triunfos sobre o Pru­­­­dentópolis nas quartas de final, com direito a um emocionante 4 a 3, em um duelo que traz rivalidade desde a Segundinha estadual e que garantiu o grande objetivo do Maringá, que era a classificação para a Série D, a partir de 27/7, e à Copa do Brasil 2015.

"A equipe estava muito nervosa nesses jogos contra o Prudentópolis, pois tinha muita coisa em jogo. Garantir esse calendário essa nossa meta. Agora vamos mais tranquilos para o jogo e a equipe vai render muito mais com certeza", prevê o auxiliar técnico Claudinho Zurlu.

"Sabemos que no papel o Coritiba é favorito, mas dentro de campo isso acaba. A torcida está muito contente porque há anos não contava com uma equipe como a nossa. Por isso chegar a uma final vai ser muito bom para os jogadores, a comissão técnica e para a torcida também", reforçou. O projeto Maringá é encabeçado pelo ex-deputado federal e atual secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros (PP) e apoio também da prefeitura local. O orçamento da equipe é de pouco mais de R$ 100 mil mensais. O valor é, por exemplo, inferior aos R$ 160 mil que o Coxa continua a pagar de salário a Lincoln, emprestado ao Bahia.

"Nós sabemos da dificuldade porque é uma equipe forte do interior, fez uma boa campanha e precisamos estar bem atentos", afirmou o atacante Roni, que formará a dupla de ataque alviverde ao lado de Keirrison. O jogador entrou na vaga de Zé Love no segundo tempo e marcou um dos gols do Coxa na vitória sobre o Rio Branco, que confirmou a classificação à semifinal.

"Estamos buscando o penta e somos uma equipe acostumada a decisões, a ganhar títulos, mas precisamos não vacilar. Um erro nesta fase é perigoso", acrescentou o lateral-esquerdo Diogo.

Publicidade