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Presidente Vilson Ribeiro de Andrade observa o treino na última sexta-feira: Coxa não quer repetir a história de 2005 e 2009 | Felipe Rosa / Tribuna do Paraná
Presidente Vilson Ribeiro de Andrade observa o treino na última sexta-feira: Coxa não quer repetir a história de 2005 e 2009| Foto: Felipe Rosa / Tribuna do Paraná

Sangue doce

Sem pretensões para a última rodada, o São Paulo já pensa em 2014. Um dos primeiro passos será a renovação com o técnico Muricy Ramalho. A situação será definida na terça-feira. "Está quase tudo certo", disse Muricy. Já o goleiro Rogério Ceni ainda não decidiu se vai mesmo se aposentar. Ainda assim, o meia Paulo Henrique Ganso promete empenho dos paulistas, para o desespero alviverde. "Vamos com força total para vencer a partida, independentemente de isso ser bom para Vasco ou Fluminense [concorrentes do Coxa ao descenso]", disse o meia.

Infelizmente para o Coritiba não há como voltar no tempo e apagar a desastrosa campanha durante o Brasileirão. Sorte ainda restar uma chance de a tragédia não ser completa. Basta que faça a própria parte na partida de hoje contra o São Paulo, às 17 horas, no Estádio Novelli Júnior, em Itu – o time paulista perdeu o mando de campo.

Uma vitória livra o Alviverde, atual 16.º, da Segunda Divisão em 2014. No caso de empate ou mesmo com derrota, há esperanças para escapar, mas vai depender dos resultados de Vasco e Fluminense. Diante da queda vertiginosa na classificação – chegou a liderar o campeonato em três rodadas –, melhor não deixar a decisão para os outros.

"Sabemos que depende só de nós. É vergonhoso para nós ter de depender de outras equipes. Não podemos contar com os outros resultados e sim com o nosso. Estou preocupado somente com isso", disse o técnico interino Tcheco, que comandará o Coxa pela terceira e última vez no ano – um novo treinador será contratado para a próxima temporada.

Se é no próprio desempenho que se apoia, não existe chance mais propícia para deixar no passado o retrospecto fora de casa – só uma vitória no campeonato, contra o Grêmio, na 12.ª rodada. Seria a salvação coxa-branca para evitar tudo de ruim que pode, novamente, significar ter de jogar a Série B.

O prejuízo com mais uma edição na divisão inferior – foi assim em 2006, 2007 e 2010 nos pontos corridos – o clube conhece bem. De cara um impacto negativo de imagem, dificultando a já complicada missão de buscar patrocinadores.

Esse é só um dos aspectos que acarretam invariavelmente em perda de receitas. E para um clube que está no limite do cofre, é algo muito sério para se abrir mão. A queda mais sentida deve ser em relação aos sócios, que vêm diminuindo desde agosto e não deve parar de cair com uma Segunda Divisão pela frente.

Em relação a elenco, outro empecilho. Atrair jogadores de qualidade para jogarem a competição não é uma tarefa fácil, ainda mais para o time do Alto da Glória, que não tem expressão nacional e ficaria ainda mais escondido fora da Primeira Divisão. O que já é difícil hoje, só pioraria.

Um ônus também para o plantel. Um castigo, aliás. Dos considerados titulares, todos têm contrato até pelo menos o final do ano que vem. Ou seja, salvo algum empréstimo ou dispensa, terão de seguir junto para a competição inferior.

No entanto, é uma situação na qual o próprio grupo se colocou. E, mesmo com a energia da torcida, as palavras de motivação de Tcheco, do presidente, seja de quem for, só os jogadores podem reverter esse cenário.

"Nos encontramos nessa situação porque fomos incompetentes em alguns jogos, principalmente no Alto da Glória. Mas vamos a Itu e voltaremos a Curitiba deixando o Coritiba na elite do futebol brasileiro, que é o lugar dele", afirmou Alex.

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