Péricles Chamusca é o novo treinador do Coritiba. O baiano de 47 anos chegou neste domingo (29) em Curitiba, teve uma reunião com o presidente Vilson Ribeiro de Andrade e será apresentado nesta segunda (30) pela diretoria alviverde. O contrato do treinador vai até dezembro, com opção de renovação para mais uma temporada. Sua estreia deve ocorrer provavelmente no Atletiba de domingo, na Vila Capanema, com Marcelo Serrano sendo mantido no banco de reservas para o duelo de quarta-feira, contra o Flamengo.
Chamusca não era a primeira opção do Coritiba para substituir Marquinhos Santos. Caio Júnior, o favorito da diretoria, foi descartado porque gostaria de trabalhar com sua própria comissão técnica. A pedida inicial foi de R$ 320 mil, sendo R$ 200 mil para o treinador, e outros R$ 120 mil para um preparador físico, um observador e dois auxiliares.
Celso Roth acabou descartado pelo preço e por, na reunião com Andrade, não apresentar um perfil do agrado do dirigente. Com Adilson Batista a negociação morreu no primeiro contato.
Chamusca acertou por um salário abaixo de R$ 100 mil e vai trazer um auxiliar. Se confirmado, o técnico terá a missão de reverter a queda livre do Coritiba no Brasileiro. Líder no início da competição, o Coxa fechou a rodada na 14.ª posição, seis pontos acima da zona de rebaixamento e dez abaixo da faixa de classificação à Libertadores.
Nas cinco rodadas iniciais do segundo turno, o desempenho é inferior aos de 2005 e 2009, anos em que o Coritiba acabou rebaixado. Na atual temporada são três pontos em cinco rodadas, contra cinco (em 2005) e oito (no ano do centenário do clube) no mesmo número de partidas.
Currículo
Chamusca está desempregado desde abril, quando foi demitido da Portuguesa, após uma derrota por 7 a 0 para o Comercial de Ribeirão Preto, pela Série A-2 do Campeonato Paulista. A demissão após uma goleada vexatória acentuou o viés de queda da carreira do treinador.
Com um bom trabalho na base do Vitória durante os anos 90, ele despontou no começo da década passada como um dos mais promissores técnicos do país. Em 2002, foi vice-campeão da Copa do Brasil com o Brasiliense. Dois anos depois, venceu a competição à frente do Santo André. O esperado salto no comando do Botafogo, em 2005, não aconteceu e a partir dali ele alternou trabalhos curtos no Brasil com experiências mais duradouras no exterior.
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