O zagueiro Emerson sofreu com os avanços ofensivos do lateral Márcio Azevedo, do Botafogo| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
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Avaliação

Craque: Lucas

O lateral-direito do Botafogo marcou dois dos três gols do time, além de uma boa atuação na partida, firme no apoio e marcação.

Bonde: Jonas

O lateral-direito alviverde sentiu o mês fora do time, recuperando-se de lesão e não marcou e nem armou jogadas. Recebeu vaias da torcida.

Guerreiro: Lincoln

O meia coxa-branca abriu o placar, criou oportunidades e tentou voltar para a marcação. Cansado, deixou a partida aos 35/2º.

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Mérito do adversário e faltou pegada. Essas foram as duas justificativas – muitas vezes casadas nas entrevistas pós-jogo – dadas pelos jogadores do Coritiba após a derrota para o Botafogo por 3 a 2. Foi a primeira derrota no ano do time jogando no Couto Pereira.

"Diminuímos a marcação, sofremos o primeiro e o terceiro gol pelo meu lado [esquerdo da defesa]", lamentou-se o lateral Lucas Mendes, em uma espécie de mea-culpa. "Erramos onde não costumamos errar jogando em casa, na marcação. O Botafogo é rápido e nossos erros proporcionaram os gols deles", afirmou o goleiro Vanderlei. "Pressionamos, mas infelizmente o contra-ataque é o forte deles", reforçou Everton Ribeiro.

O técnico Marcelo Oliveira seguiu na mesma linha, mas evitou dar a desculpa de o time estar em duas competições paralelas. No ano passado, o Coritiba também perdeu as duas primeiras partidas no Brasileirão, enquanto buscava a final na Copa do Brasil.

"[Um desvio de atenção] pode ter ocorrido no ano passado. Agora não. Sofremos [ontem] um contra-ataque muito forte e mostramos desatenção em alguns lances, perdemos campo de ataque", afirmou.

O técnico ainda comemorou a semana livre de jogos – o Alviverde volta a campo no dia 6 de junho, no Couto Pereira, contra a Portuguesa – para contar com o retorno de jogadores que estão no departamento médico. "Passamos um bom tempo sem contar com o Éverton Costa e o Anderson Aquino, perdemos o Gil e o Willian, temos o Rafinha para voltar".

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Já o botafoguense Oswaldo de Oliveira elogiou o rival. "A coisa mais importante era conseguirmos segurar a bola no campo do adversário e quebrar o ritmo deles. O Coritiba é sempre forte, agressivo, sui generis... Não há outra equipe no Brasil que jogue agudo, atacando o tempo todo".

ArbitragemVilson não vê má-fé, mas critica atuação de quinteto

Na saída do campo dos jogadores, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, disparou críticas não só aos torcedores que xingaram as esposas dos atletas, mas também à arbitragem. Reclamou de dois dos três gols do Botafogo, que estariam em impedimento, e um de um pênalti no tranco sofrido por Roberto dentro da grande área, no segundo tempo.

Sobraram broncas até para os auxiliares de linha de fundo, que pela primeira vez compuseram um quinteto de arbitragem em jogos no Paraná.

"Ele fica olhando como se estivesse passeando... Se for para vir para cá para ficar em pé olhando o jogo, que não venha. Tem um cara que faz pênalti e ele não marca, pode ficar em casa", esbravejou o presidente alviverde.

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Andrade fez questão de ressaltar que não acredita ter havido má-fé do apito, mas a reclamação era em relação ao critério das marcações. "Não foi o mesmo em relação ao Botafogo. Vamos gravar todos os lances. Agora, há um conselho na CBF em que podemos apresentar esse trabalho [de contestação]. Se, pela televisão, confirmarmos que os erros aconteceram, lamento, vou levar à CBF essa situação", declarou.