Os erros do Coritiba na temporada 2015.
Projeto de longo prazo comandado pelo CEO João Paulo Medina; utilização ostensiva de atletas das categorias de base; confiança no trabalho de Marquinhos Santos. Bastaram cinco meses, o fracasso no Estadual e a desastrosa largada na Série A para as principais promessas de campanha do G5 liderado por Rogério Bacellar ruirem, a chapa ‘Coxa Maior’. Medina renunciou ao cargo em maio. Marquinhos foi demitido em junho. E o clube recorreu a um “pacotão experiente” para tentar se salvar da queda para a Série B.
A força que o Coxa vinha demonstrando no Estadual iludiu a diretoria, começou a ser abalada após a perda do título em casa para o Operário, e ruiu completamente após o desastroso início no Brasileirão. Resultado: assim como em anos interiores, a ilusão do Estadual atrasou o planejamento alviverde. Além da troca de treinador, o time teve de ser praticamente remontado. Como consequência, o Coxa foi condenado novamente a lutar contra o rebaixamento durante todo o Nacional.
Eleito em dezembro, o G5 liderado pelo presidente Rogério Bacellar demonstrou a solidez de um castelo de cartas. O G5 começou a se esfacelar em maio, quando o vice Ricardo Guerra renunciou. Em junho, após intensa pressão, foi a vez do vice Ernesto Pedroso pedir para sair. Por fim, em agosto, a “crise do WhatsApp” escancarou o profundo racha na diretoria e resultou no afastamento dos vices Pierre Boulos e André Macias. O técnico Ney Franco admitiu que a crise atingiu o time dentro de campo.
Ainda pode dar certo...
Contratado para livrar o Coxa do rebaixamento, Ney Franco foi capaz de remodelar o time e encontrar um equilíbrio entre atletas e experientes e pratas da casa. Além disso, indicou peças como o atacante Henrique Almeida, que vem sendo decisivo na batalha contra o descenso. Caso Ney permaneça, o tino do treinador para lançar jovens apostas pode ser o trunfo alviverde para planejar um 2016 mais próximo daquilo que a diretoria prometeu nas eleições: com foco na base e boa campanha no Nacional.