Além de precisar do Couto Pereira lotado nos últimos quatro jogos em casa para empurrar o time contra o rebaixamento no Brasileiro, o Coritiba ainda conta com a boa presença de público para reforçar o caixa.
Como o custo para abrir o estádio alviverde para uma partida gira em torno de R$ 250 mil, o clube precisa de no mínimo 13 mil pagantes de média de público em cada jogo para não ter prejuízo. O valor é variável, dependendo do preço dos ingressos e da quantidade de torcida visitante. Mas é muito próximo da média de de 14.766 pagantes no Couto nesta edição do Nacional.
Dos 15 jogos disputados no Couto neste Brasileiro, próximo da metade deu prejuízo ao clube. Sete jogos tiveram prejuízo: contra Avaí, Flamengo, Cruzeiro, Joinville, Ponte Preta, Sport e Fluminense. Por outro lado, as rendas contra Corinthians, Goiás, Palmeiras e Atlético, que juntas deram um valor bruto de R$ 2,3 milhões, ajudaram a compensar esse prejuízo.
“A presença do público nessa reta final é financeiramente duas vezes mais importante. Primeiro, pelo dinheiro, que entra na bilheteria. Depois, porque ajuda o time a ficar na Série A, o que garante uma receita muito importante”, lembra o vice-presidente coxa Alceni Guerra. “Além disso, não há espetáculo com o estádio vazio”, acrescenta.
Após fazer diversas promoções de ingressos nesse ano, o Coxa recebeu algumas críticas de sócios, que estavam insatisfeitos diante do baixo valor para ir à partida sem ser associado. Mesmo assim, Guerra garante que a recomendação do presidente Rogério Bacellar é de que as promoções continuem para que o estádio esteja sempre cheio.
“Para os sócios, estamos criando uma cesta de benefícios inigualável. O associado terá desconto na mensalidade de escolas, plano de saúde, no comércio, entre os mais de 50 estabelecimentos conveniados. Até o final do ano queremos chegar perto dos 100 conveniados”, garante o vice-presidente, na expectativa de que no próximo jogo em casa, contra o São Paulo, no dia 25, o número de pagantes seja superior aos 13 mil necessários.
Novo Couto
O Coritiba pretende até sexta-feira (9) definir os responsáveis pelo novo plano diretor do clube, que irá estudar a viabilidade da construção de um novo estádio ou da reforma do Couto Pereira, além do CT em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.
Caberá a essas pessoas pesar se uma parceria com o Paraná para uma nova arena, por exemplo, é rentável ao Coxa. Caso o novo estádio tenha o mesmo custo atual do Couto, o Tricolor também teria que colocar no mínimo 13 mil pessoas por partida para que a abertura do estádio seja rentável. Ou seja, atualmente para o Coxa vale mais a pena ter só dois jogos no mês, como ocorrerá em outubro, do que ceder para outro clube que não coloque esse público na arquibancada.
“Por enquanto tudo é conjectura. Vamos avaliar todos os aspectos para decidir futuras parcerias”, enfatiza Alceni Guerra.
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