Receitas
Tevê e sócios turbinam a arrecadação alviverde
Definida no balanço como "marco na história do clube", a receita do Coritiba em 2012 foi impulsionada pela televisão e pelos sócios. O clube arrecadou R$ 82,7 milhões, evolução de 24,4% em relação ao ano anterior. Direitos de transmissão e mensalidades pagas pelos torcedores respondem, cada um, a 29% desta quantia.
A projeção do clube é que essas duas receitas sigam caminhos opostos nos próximos anos, com peso maior para os sócios. "A ideia é que a tevê seja a terceira ou quarta maior fonte de receita, atrás de merchandising e estádio, que pretendemos usar como ferramenta de entretenimento", diz o presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Na prática, a receita de televisão irá aumentar nos próximos anos.
O contrato do Brasileiro, que este ano renderá R$ 24,4 milhões, permanecerá assim até 2015, quando entrarão os valores do novo acordo. O balanço prevê o recebimento de R$ 46,4 milhões em 2016, R$ 47 milhões em 2017 e R$ 47,8 milhões em 2018.
O Coritiba conseguiu controlar sua dívida. O balanço patrimonial de 2012 do clube, publicado ontem, apresentou aumento de receita, déficit e redução no passivo em relação ao ano anterior.
Em 31 de dezembro de 2011, a dívida total do clube era de R$ 113,9 milhões. No último dia do ano passado, o valor apontado no balancete é de R$ 111,2 milhões desse montante, R$ 46,8 milhões são de contas que vencem ao longo de 2013. O recuo porcentual da dívida é tímido, de 2,3%, mas se torna mais significativo ao levar em consideração os juros que incidem sobre os débitos.
As dívidas fiscais seguem respondendo por parte considerável dessa dívida. O clube ainda tem a pagar R$ 33,2 milhões do parcelamento de débitos tributários junto à Receita Federal. A soma de débitos federais, previdenciários e FGTS pagos via Timemania batem em R$ 19,5 milhões. A soma dessas duas modalidades R$ 52,7 milhões é maior do que o status em dezembro de 2011: R$ 47,8 milhões.
Por outro lado, houve uma amortização nos empréstimos e financiamentos a serem pagos pelo Coritiba. De R$ 23,7 milhões, passou a R$ 22,1 milhões.
"Estamos fazendo o trabalho de colocar todos os esqueletos do clube fora do armário. Seria muito mais fácil esconder as dívidas e colocar um resultado positivo no balanço", explica o presidente Vilson Ribeiro de Andrade.
Outro "esqueleto" exposto no balanço é o déficit anual. Mesmo com receita de R$ 82,7 milhões, descrita no relatório de administração como "um marco na história do clube", o Coritiba fechou 2012 no vermelho. Foram R$ 8,1 milhões de prejuízo, contra R$ 11,9 milhões do ano anterior.
A projeção do clube é de, com o pagamento da dívida, conseguir zerar esse déficit em cinco anos. Uma fórmula que combina a quitação gradual dos débitos com o aumento nas receitas, especialmente de merchandising, estádio e venda de jogadores. Esse terceiro ponto está diretamente relacionado ao investimento nas categorias de base, que aumentou 97,7%.
"A venda de jogadores ainda não é representativa no nosso faturamento, mas temos a intenção de transformar o Coritiba em clube vendedor. Por isso esse incremento nos investimentos na base", afirmou o presidente, que comemorou o resultado no geral. "Tivemos um resultado melhor que os anteriores, mesmo ainda estando com déficit. O ebitida subiu, os ativos superaram o passivo e o patrimônio líquido, que desde sempre foi negativo, fechou positivo", complementou.
A mesma avaliação foi feita pela controladoria do clube, com base na comparação entre a dívida total (R$ 111,2 milhões) e o ativo (saltou de R$ 222,4 milhões para R$ 422,9 milhões). "Transparece para o mercado que embora exista a dívida do clube, hoje o Coritiba tem condições de garantir o seu pagamento", diz José Roberto Scheller Júnior, diretor de controladoria do Coxa.
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