Coritiba suspende Juan, que não receberá salário, nem treinará por dez dias

O Coritiba suspendeu o meia Juan por dez dias por ter xingado o técnico interino Pachequinho após ser substituído no segundo tempo da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, fora de casa, na última segunda-feira (18). Os dez dias de suspensão serão descontados do salário do jogador, que não poderá frequentar o clube durante o período.

CURTA a página Coritiba Campeão do Povo no Facebook

A decisão foi comunicada pelo gerente de futebol, Alex Brasil, antes do treinamento da equipe na tarde desta quarta-feira (20), no CT da Graciosa. “Sabemos que isso [xingamento] arranhou a imagem da instituição, ficou ruim. Mas o Juan é atleta do clube e após esse período ele é atleta do clube”, afirmou o dirigente.

Com isso, o meia fica fora do próximo jogo do Coxa, no sábado (23), fora de casa, contra o Santa Cruz. E muito provavelmente de fora do duelo contra o Flamengo, no domingo seguinte (31), dentro de casa. A punição no atleta acaba um dia antes do duelo com os cariocas.

Ainda segundo Brasil, o clube consultou o departamento jurídico e de Recursos Humanos antes de tomar a decisão. O técnico Pachequinho, por sua vez, já foi informado da suspensão. “Todos saem perdendo. Vamos comunicar essa decisão ao restante do grupo”, prossegue.

O próprio Juan apareceu no CT para fazer um pedido público de desculpas pelo atitude que tomou. “Foi uma atitude tomada de cabeça quente, no calor do jogo, de um jogador que está extremamente incomodado com a situação do clube na tabela”, disse Juan.

ENQUETE: Você concorda com a punição do Coritiba ao meia Juan? Vote

“Queria realmente me retratar. Ainda mais sendo o Coritiba, que abriu as portas para mim em um momento difícil, onde estava sem jogar e confiou no meu trabalho. É um clube pelo qual eu tenho um carinho muito grande. Isso me deixa mais arrependido pela postura que tive”, prosseguiu.

Pachequinho

O gerente de futebol Alex Brasil também comentou a situação de Pachequinho, que atingiu a marca de dez jogos no comando do Coritiba sem ter uma definição sobre se será efetivado ou não no cargo.

“Isso incomoda, sabemos como é o futebol e essa definição tem de ser feita o mais rápido possível”, admitiu Brasil. “Mas temos que aguardar, estamos atentos a tudo. Não é porque estamos nessa situação que está tudo errado”, prossegue.

Antes do duelo com o Galo, o lateral-direito Ceará e o zagueiro Juninho fizeram campanha pela permanência de Pachequinho efetivado no cargo. O gerente do Coxa afirma que estas declarações apenas tornam mais necessárias uma definição sobre a situação do interino.

“É um coisa que já foi colocada publicamente. A gente vem se dedicando. A torcida está cansada de promessas. Queremos mostrar trabalho e resultados”, completa Brasil.