Presidente Vilson Ribeiro de Andrade concorre à reeleição no Coritiba| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

O departamento de futebol do Coritiba está preocupado em evitar que qualquer assunto extracampo atrapalhe o time nestas cinco rodadas finais do Brasileiro. As eleições, cuja inscrição de chapas se encerra hoje, às 18 horas, no Couto Pereira, estão entre esses assuntos.

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Desde a chegada do técnico Marquinhos Santos, no fim de agosto, o treinador tem falado sobre a importância de os jogadores concentrarem-se dentro das quatro linhas. Foi o que motivou o clube a fechar treinos e evitar entrevistas. Tudo para minimizar a pressão extra de temas como atraso de salários e a presença constante na zona de rebaixamento.

Agora, para barrar a utilização do desempenho ruim da equipe em 2014 nas campanhas eleitorais, o clube prepara uma nova barreira de proteção aos jogadores. A intenção é que a eleição não entre em campo nessas rodadas decisivas do torneio.

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Teme-se, por exemplo, que ocorra com o Coxa situação similar à vivida pelo rival Atlético, em 2011. Na ocasião, a disputa política rubro-negra foi decisiva para a queda do time.

"Hoje entre os nossos atletas não tem ninguém envolvido com o candidato A, B ou C", garante o vice-presidente de futebol, Antônio Alves Pereira, o Toninho, que, apesar disso, promete dar liberdade aos jogadores.

"Se uma chapa quiser fazer um trabalho com um depoimento de um atleta, não tem como segurar. Desde que não prejudique o desempenho em campo", afirma.

Por enquanto, essa separação parece funcionar. Até mesmo o meia Alex, mesmo tendo criticado publicamente a gestão do presidente Vilson Ribeiro de Andrade, já comentou não querer saber da eleição por estar focado nos últimos jogos da carreira.

Ontem o meia treinou normalmente e deve voltar ao time no domingo, contra o Flamengo.

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No ambiente político, após o registro dos concorrentes, hoje, a tendência é de a campanha da situação se voltar aos supostos avanços do clube nos três últimos anos de Vilson como presidente – e nos dois anos anteriores, com ele como vice e homem forte de Jair Cirino.

A conclusão da Reta da Mauá, o tetra paranaense, os dois vices da Copa do Brasil e a renegociação das dívidas alviverdes devem ser lembradas.

Na oposição, o principal nome é do empresário do ramo do turismo, André Macias. Apesar de manter-se em silêncio desde o seu nome ter sido cogitado para o cargo, o sócio alviverde tem trabalhado nos bastidores para apresentar a chapa nesta tarde.

Outro grupo de oposição pode ser liderado pelo empresário Paulo Roberto Zimann. Ele foi escolhido como substituto de Ricardo Fernandes, que não está apto para se candidatar.

Até ontem os dois arrecadavam as últimas assinaturas para chegar aos160 sócios necessários para registrar a chapa.

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