No dia seguinte à derrota para o ASA por 1 a 0, pela Copa do Brasil, o Coxa utilizou o seu site oficial para novamente reclamar do calendário brasileiro. Em um artigo assinado por Glydiston Ananias, coordenador do Centro de Excelência do Esporte do clube, a instituição protesta diante da possibilidade de jogar 86 partidas no ano caso o time chegue à final de todos os campeonatos que disputará.
"Acreditamos que com um calendário como este é impossível qualquer tipo de adaptação. Continuaremos seguindo no caminho da improvisação e do amadorismo, num país que se prepara para sediar o maior evento de futebol do planeta", critica o texto.
Pelas contas do estudo coxa-branca, é possível verificar que o time precisa jogar mais de uma partida a cada sete dias. "Estudos têm demonstrado que com duas partidas por semana, o número de lesões pode aumentar em até 500% quando comparado com semanas com uma partida", alerta.
Ao lembrar que com este calendário resta um dia exclusivo de treinamento por semana, são 48 dias por ano só para treinar. Como 15 foram usados na pré-temporada, restam 33 em 11 meses, ou seja, 3,3 dias de treinamento por mês. Comparando com os principais times do futebol europeu a diferença é grande. Mesmo com o dobro do tempo de férias, os atletas do Velho Mundo ainda conseguem um mês para fazerem a pré-temporada.
"Não é de se admirar testemunharmos equipes sofrendo com inúmeras lesões e poupando atletas com dois meses, ou seja, oito semanas de temporada e jogos", alerta Ananias. "Faz-se necessário que se tenha sensibilidade e coerência em nossas análises quando se trata do futebol brasileiro, pois, a cada ano discutimos os mesmos assuntos e nenhuma providência é tomada", completa o texto no site oficial coxa-branca.
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