Rafinha e Everton Costa são dois dos jogadores que o Coritiba perdeu por lesão no começo desta temporada: clube coloca a culpa no calendário congestionado| Foto: Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo

No dia seguinte à derrota para o ASA por 1 a 0, pela Copa do Brasil, o Coxa utilizou o seu site oficial para novamente reclamar do calendário brasileiro. Em um artigo assinado por Glydiston Ananias, coordenador do Centro de Excelência do Esporte do clube, a instituição protesta diante da possibilidade de jogar 86 partidas no ano caso o time chegue à final de todos os campeonatos que disputará.

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"Acreditamos que com um calendário como este é impossível qualquer tipo de adaptação. Continuaremos seguindo no caminho da improvisação e do amadorismo, num país que se prepara para sediar o maior evento de futebol do planeta", critica o texto.

Pelas contas do estudo coxa-branca, é possível verificar que o time precisa jogar mais de uma partida a cada sete dias. "Estudos têm demonstrado que com duas partidas por semana, o número de lesões pode aumentar em até 500% quando comparado com semanas com uma partida", alerta.

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Ao lembrar que com este calendário resta um dia exclusivo de treinamento por semana, são 48 dias por ano só para treinar. Como 15 foram usados na pré-temporada, restam 33 em 11 meses, ou seja, 3,3 dias de treinamento por mês. Comparando com os principais times do futebol europeu a diferença é grande. Mesmo com o dobro do tempo de férias, os atletas do Velho Mundo ainda conseguem um mês para fazerem a pré-temporada.

"Não é de se admirar testemunharmos equipes sofrendo com inúmeras lesões e poupando atletas com dois meses, ou seja, oito semanas de temporada e jogos", alerta Ananias. "Faz-se necessário que se tenha sensibilidade e coerência em nossas análises quando se trata do futebol brasileiro, pois, a cada ano discutimos os mesmos assuntos e nenhuma providência é tomada", completa o texto no site oficial coxa-branca.