Coritiba vira refém do ataque para chegar à final

• 0

O deslize em Maringá exige uma resposta ofensiva do Coritiba. Para sustentar o sonho do penta estadual, o Coxa, derrotado por 2 a 1 na quarta-feira, precisa vencer por dois gols de diferença para evitar que a vaga na final seja definida nos pênaltis. E logo no momento em que o time tanto precisa de gols, ficará refém do seu setor mais instável.

Veja os pontos fortes e fracos dos principais atacantes do Coritiba

Em dez jogos no comando, o técnico Dado Cavalcanti testou sete atacantes em oito formações diferentes. Nenhuma delas terminou junta um jogo sequer. Foram 14 substituições, incluindo nove jogos no Paranaense e o encontro com o Cene-MS, pela Copa do Brasil.

Apenas Roni, contra o Rio Branco em Paranaguá; Julio César, contra o Cene e o Operário; e Zé Love, diante do Prudentópolis, jogaram os 90 minutos.

Dos candidatos ao ataque, Deivid já se despediu do clube por falta de pagamento nos direitos de imagem. Geraldo sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda ainda na sétima rodada e segue vetado. Anderson Aquino foi titular apenas na quinta rodada, ainda pelo time alternativo, e entrou em outros dois jogos. Maykon marcou o primeiro gol do Coritiba na temporada, na derrota para o Maringá, na estreia do Paranaense, e é opção de banco.

Dos considerados titulares, Zé Love ainda busca o condicionamento ideal, enquanto Keirrison é escalado de forma paliativa – jogou integralmente apenas contra o Paraná e Cianorte, pelo time B. Ainda assim, é quem mais apareceu na frente, com a participação em 12 dos 15 jogos na temporada. "O Keirrison vem ganhando confiança a cada jogo, gol e treinamento, o que é muito importante", justificou o técnico Dado Cavalcanti, que não deu pistas sobre a formação de domingo.

Diante dessa inconstância no ataque, Roni cavou seu espaço e começou jogando nos últimos quatro compromissos. Com sete participações, como titular ou entrando durante os jogos, Julio César foi responsável por facilitar a missão do Coritiba na semifinal, marcando o gol de honra em Maringá. "Com o gol, a vantagem deles ficou pequena. [Caso contrário] seria complicado", comemorou o atacante.

Mesmo assim, a empreitada no Couto Pereira não será tão simples. Nos sete jogos em casa pelo Estadual, em apenas duas oportunidades o Coxa venceu por dois gols de diferença: na terceira e na sexta rodadas, quando superou Paraná (com reservas) e Rio Branco, respectivamente, por 2 a 0.

Reforço

Diante da inconstância ofensiva, contratar um centroavante virou prioridade, principalmente após a saída de Deivid. Ontem, o atacante Jonatha Fumaça, do Rio Branco, seis gols no Estadual, teria sido oferecido. O Coxa não confirma o interesse.