Ninguém jogou mais pelo Coritiba na campanha do título brasileiro de 1985 do que Toby. Em 29 confrontos, ele entrou em campo em 28, pouco à frente de Índio (27) e André (26) no quesito assiduidade. Camisa 10 daquela equipe, o volante teve a sua vida interrompida de repente aos 53 anos, na terça-feira (3), após um infarto fulminante.
Dorival Mateus da Costa, mais conhecido como Toby, foi velado no início da noite de terça-feira no estádio Couto Pereira, dando a chance dos fãs se despedirem pela última vez. O corpo foi cremado em uma cerimônia fechada pouco depois das 20 horas. Restou a lembrança dos amigos do sorriso largo e do toque qualificado na bola.
Natural de Uraí, cidade de cerca de 11 mil habitantes no norte do estado, Toby chegou no final da década de 70 nas categorias de base do Coxa. Estreou no profissional em 1979, contra o União Bandeirantes, e já foi campeão paranaense. Depois foi emprestado para Cruzeiro e Operário, mas voltou em 1984 para conquistar na temporada seguinte o maior título da história do Coritiba.
“O Toby jogava fácil, ia para cima. Certos jogadores só paravam ele derrubando. Era difícil para os zagueiros”, lembra o ex-defensor Vavá. “Ele marcava bem, mas também era bom driblador, vivia deixando os atacantes na cara do gol. A gente roubava a bola e entregava para ele porque sabia que ia sair coisa boa”, acrescenta o ex-volante Almir, ambos também campeões em 1985.
Os companheiros de time ainda lembram do jeito alegre e humilde de Toby. “Todo mundo gostava dele. Era brincalhão, tinha umas tiradas muito boas. Foi uma perda muito grande”, lamenta o ex-goleiro Jairo. “Era companheiro, amigo, acima da média. Como atleta e como pessoa era um cara completo”, diz o ex-goleiro Rafael Camarotta.
Em 1986, Toby foi para o Bangu, vice-campeão nacional, onde ficou quatro temporadas. Ainda passou por Vitória, Juventus de Jaraguá do Sul e Iraty, onde encerrou a carreira em 1994. Em 2012, lançou o livro Coritiba, campeão brasileiro de 1985, na visão do campeão Toby, em parceria com o jornalista Hélio Marques.
Ele falou um pouco mais desse título, que mudou a sua vida, nesse ano para a Gazeta do Povo, nas comemorações dos 30 anos do título. “Para você participar de um Brasileiro, chegar a uma decisão e ganhar o título você tem de ser muito homem além de jogar bola. Tem de ter peito”, ensinou. “Conquistar esse título é algo que ficou marcado e vai ficar para sempre marcado. Isso para mim é tudo”, garantiu.
O Coxa decretou três dias de luto oficial. O ex-jogador deixou a mulher Marisa Oliveira, os filhos Caroline e Diogo e os netos Arthur e Benício.
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