Coxa desafia série ruim contra iguais

O Coritiba enfrenta hoje a Portuguesa, às 19h30, no Canindé, em São Paulo, carregando um retrospecto pífio no "torneio da morte" em que ele mesmo se colocou ao chegar à reta final do Brasileirão lutando para não cair para a Série B: dos últimos nove jogos contra os "iguais", o time ganhou apenas 3 pontos em 27 possíveis (11%).

A última vitória coxa-branca sobre alguém da turma da rabeira, que vai do Náutico (20.º) ao Corinthians (12.º), foi em 31 de junho, ainda na 10.ª rodada, época em que o Alviverde estava invicto. Na ocasião bateu a Ponte Preta por 5 a 3 no Couto Pereira. Desde então, contabilizou seis derrotas e três empates.

Vasco (duas vezes), Corinthians, Criciúma, Náutico e a própria Macaca bateram o time do Alto da Glória nesse período. Os empates foram contra a Lusa, Bahia e Fluminense. O calendário contra os desesperados apresenta ainda duelos contra Corinthians (13/11) e Criciúma (16/11), ambos em Curitiba.

O Alviverde entra na rodada na 13.ª colocação com 40 pontos, quatro a mais que o Vasco, que abre a zona do rebaixamento. Dependendo dos resultados, pode cair para 15.º e ficar a um ponto da área da degola.

Segundo o técnico Péricles Chamusca, a conta é somar seis pontos no período. Tarefa que ele pretende encaminhar hoje no Canindé. "Construindo os 46 pontos nessa semana, estaremos tranquilos até o fim. Por causa dos confrontos diretos, o número [mágico] de 47 caiu para 46. Por isso buscamos seis pontos nos três próximos jogos", projetou o treinador.

Esse cálculo, porém, pode desabar se não obtiver sucesso nos confrontos diretos com Portuguesa, Corinthians e Criciúma. Por isso, a partida de hoje ganha contornos de decisão. Não por acaso que Chamusca quer os jogadores "pilhados", da mesma forma que entraram contra o Grêmio há duas rodadas, quando goleou o Grêmio por 4 a 0.

"Precisamos pontuar o máximo que pudermos nos seis jogos que ainda temos. Não só para escapar do rebaixamento, mas para terminar o campeonato de forma digna", comentou o lateral-direito Victor Ferraz, que retorna ao time titular depois de quatro jogos neste Nacional em que amargou a reserva – Gil está suspenso. Além dele, Vitor Júnior entra no lugar de Geraldo, que está machucado, e Lincoln substitui Robinho, com dores musculares.