Os torcedores do Coritiba terão hoje uma ideia do time que vai enfrentar o São Paulo, na próxima quinta-feira, no Morumbi, pela semifinal da Copa do Brasil. É que o Coxa quer fazer do duelo ante o Flamengo, no Rio de Janeiro, às 18h30, pelo Brasileiro, uma espécie de prévia do decisivo confronto mata-mata.
Apesar de o discurso no Alto da Glória ser o de que a cabeça, neste momento, está concentrada apenas no Rubro-Negro carioca, é o próprio técnico Marcelo Oliveira que classifica a partida do Engenhão "como preparação e um modelo de jogo para o primeiro duelo contra o São Paulo".
Neste ponto chama atenção algumas semelhanças entre os dois adversários. Os técnicos Joel Santana, do Flamengo, e Emerson Leão, do São Paulo, convivem com a pressão da falta de resultados expressivos, o que certamente poderá ser visto no gramado.
Outro aspecto: as defesas de cariocas e paulistas não são lá tão confiáveis. O Rubro-Negro sofreu seis gols no Nacional, atrás apenas do Botafogo (7). O Tricolor vem logo em seguida, com cinco. Outro ponto de comunhão é o fato de os hexacampeões nacionais se ressentirem da falta de referência técnica. O São Paulo convive há tempos com a ausência de Rogério Ceni, se recuperando de lesão. Na Gávea, a intempestiva e tumultuada saída de Ronaldinho Gaúcho para o Atlético-MG abriu uma grande cicatriz.
O alento, fechando a correlação Rio-SP, é que ambos apostam em seus artilheiros, Vagner Love (Flamengo) e Luís Fabiano (São Paulo) para virar a maré. Fato que chama a atenção do zagueiro Emerson, um dos mais experientes nomes do Coritiba. "O atleta sempre gosta deste tipo de jogo, marcar grandes jogadores, disputar grandes partidas", garante o defensor. "O Vagner Love está em uma fase melhor um pouco do que o Luís Fabiano. É trabalhar para conseguir marcar", avisa.
Everton Costa, que vem sendo usado como centroavante pelo técnico Marcelo Oliveira, lembra ainda da importância de não perder nesta noite. "Se nós fizermos um resultado positivo vamos para a Copa do Brasil com uma moral imensa", aposta ele, que usa um certo desprezo da grande mídia pelo Coxa como arma motivacional. "Todo mundo fala que vai dar Grêmio e São Paulo [na final da Copa do Brasil]. Mas deixa falar. Vamos comendo pelas beiradas", acrescenta.
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