A conquista do Campeonato Brasileiro de 1985 mexe com os torcedores do Coritiba. Prova disso foi a presença de coxas-brancas de todas as idades em busca de um autógrafo do ídolo Rafael Cammarota. O ex-goleiro, um dos protagonistas da conquista nacional, lançou nesta segunda-feira (10) sua biografia, "Rafael Cammarota a história de um campeão", escrita pelo jornalista Gilson de Paula.
Um dos momentos mais lembrados pelos torcedores que foram comprar o livro é de uma defesa realizada na partida contra o Atlético-MG, em pleno Mineirão. "Eu era muito novo na época, mas minha família inteira acompanhava o time e, mesmo com todo o assédio, ele era muito atencioso com todos. Ainda me arrepia quando eu revejo a defesa que ele fez contra o Atlético-MG em cima da linha. Foi algo histórico", conta o gerente comercial Diego Mesquita, que levou a filha Manuela, de 5 anos, para conhecer o ídolo.
Em um dos trechos da obra, Cammarota conta que chegou a receber suborno do Bangu para entregar a decisão, o que deu ainda mais gana para ele voltar do Maracanã com a taça. "Aquele título tinha tudo para ser dos cariocas. Tinha a pressão fora de campo e também o fato de jogar no Maracanã. Mas ele era um grande jogador, muito profissional e foi o grande responsável por esse título épico", lembra o corretor de imóveis Almir Gean, de 45 anos.
Mesmo quem era muito novo ou não acompanhava o futebol de maneira tão fervorosa, lembra que o jogador era "o cara" do time em 85. "Meu aniversário de sete anos foi no dia do título. Ainda lembro do meu pai chorando quando fomos campeões. Tudo o que ele fez na final contra o Bangu ficou marcado na minha infância", diz Débora Rotta, de 37 anos.
Às vésperas de completar 30 anos, a conquista do título brasileiro ainda é o ponto mais glorioso da história alviverde. "O time de 85 é uma referência para nós. Ele foi o grande ídolo, mas não conquistou o título sozinho. Ganhamos de grandes clubes, fizemos uma campanha brilhante. O jeitão meio maluco dele conquistou os torcedores, que viram nele alguém muito profissional, já que ele tinha jogado no Atlético antes", afirma o comerciante Arley Luiz Ribeiro, de 43 anos, que estava com o filho Matheus Rodrigues, de 14 anos. "Meu pai fala muito dessa época. É legal relembrar a história do nosso time, não só acompanhar o presente", diz o garoto.
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