O técnico Dado Cavalcanti vive a ansiedade de estrear como técnico do Coritiba após longos 34 dias de pré-temporada. O primeiro jogo será sexta-feira, às 19h30, contra o Rio Branco, no Couto Pereira. Em entrevista ontem, o treinador falou sobre a preparação da equipe, a vinda de jogadores do time B, contratações e, claro, a ansiedade pré-jogo. "Ninguém mais aguentava só treinar", resumiu.
Como é ter de correr atrás, já que o Coritiba alternativo deixou o time em 10.º lugar?
Nós corríamos esse risco. Infelizmente, não esperávamos começar a competição com esse número de pontos. Mas nada de muito preocupante. Talvez no início sofreremos com a falta de ritmo, vamos entrar em um campeonato onde os adversários já estão a pico. Esperamos iniciar com o pé direito na sexta.
Há algum jogador que você gostaria de contar nesse início e não terá?
O Zé [Love]. Ele passou muito tempo parado. A pré-temporada foi bem desgastante para ele, que ainda está sentindo algumas dores. Não teve lesão, é só um cuidado especial.
Ficou satisfeito com as contratações (Zé Love, Norberto, Moacir, Roni e Diogo Sodré)?
Dentro das contratações nós tivemos reforços, tivemos contratações pontuais e também apostas, projetos de perspectivas futuras. O mercado anda. Temos um departamento de captação que está observando os principais estaduais para que no futuro possamos trazer um ou outro reforço se for preciso.
Qual a sua avaliação sobre os 12 atletas promovidos da equipe que começou o Paranaense?
Eu fui bem direto com eles: não vou querer ninguém aqui apenas por estar. Não existe cadeira cativa, alguns vieram neste momento, mas nada impede que eu possa puxar outros lá na frente, como nada impede que alguns desse grupo não permaneçam. Eu vou acompanhar a evolução e, se ela ocorrer, terão oportunidade de jogar. Se não for como eu espero, pode haver a troca ou serem emprestados.
Já está sentindo um friozinho na barriga pela estreia?
Todos sentem. Mas é um momento bom. Ninguém mais aguentava só treinar. Os caras não conseguiam mais olhar para o Glydiston [Ananias] e para o Fred [Possebon, preparadores físicos]. Eles estão loucos para jogar. Eu não sou diferente.
A torcida do Coxa é bastante exigente. Está preparado?
Estou preparado, me sinto bem seguro da minha condição como profissional.
E a possibilidade de reencontrar Paraná, time que você treinou no ano passado?
O Paraná é uma ex-equipe pela qual eu tenho um grande respeito, pela instituição, pela camisa, pelas pessoas que fazem e fizeram o Paraná e isso eu nunca vou perder. Dentro de campo vou defender com muita garra e disposição a minha equipe, as minhas cores.
Como você avalia a volta do Keirrison?
O mais importante foi fazer que ele jogasse. O primeiro pontapé foi dado. Agora é fazer com que ele ganhe mais confiança, melhore a sua questão técnica. É esperar o momento certo.
Como é trabalhar com o Alex, que é mais velho do que você [36 anos do meia, 32 do treinador]?
Eu já me acostumei, em todos os clubes isso aconteceu. Mas é muito mais fácil trabalhar com eles. São jogadores acima de tudo que sabem o que querem fazer, onde querem chegar. Com o Alex, a relação é sadia. Estamos nos dando muito bem, ele é um cara que ajuda muito. É um capitão na essência da palavra. Ele puxa a fila, chama os mais jovens.
Dos 20 times da Série A, o Coxa é o último que vai entrar em campo com a equipe principal.
Neste ano vai ser diferente pela longa parada para a Copa do Mundo. Eu acho que [a longa pré-temporada] não vai ser o diferencial [para o Brasileiro]. Talvez tenhamos o lastro maior por não ter jogado cinco jogos, mais isso não é algo significativo. A nossa estratégia foi muito mais para dar os 30 dias de férias e 35 dias de pré-temporada para poder minimizar a quantidade de lesões, que atrapalharam muito no ano passado.
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Quase 40 senadores são a favor do impeachment de Moraes, diz Flávio Bolsonaro
Festa de Motta reúne governo e oposição, com forró, rapadura, Eduardo Cunha e Wesley Batista
Deixe sua opinião