É oito ou oitenta. Se levantar a taça, entra para a história como time aspirante a bater o rival na decisão. Em caso de derrota, ficará marcado pela inédita sequência de quatro vice-campeonatos.
Nunca em 98 anos de história do Campeonato Paranaense uma equipe perdeu quatro finais consecutivas. Para piorar, nas últimas três decisões, o Furacão parou no Coritiba mesmo adversário desta tarde, às 15h30, na Vila Olímpica.
O regulamento reforça o fantasma verde. Além de decidir em casa (no próximo domingo, no Couto Pereira), o Coxa joga com a vantagem nos critérios de desempate pois tem melhor campanha na primeira fase.
No retrospecto da competição, poucas agremiações ficaram marcadas por uma trinca de frustrações decisivas caso do Furacão hoje.
Entre 1926 e 1928 o Atlético chegou à final contra Palestra Itália, Coritiba e Britânia e perdeu. De 1943 a 1945 foi a vez do Coxa ficar no quase em dois títulos rubro-negros e um do Ferroviário. Por fim, no período de 1974 a 1976, o Colorado acabou penando com três vices, sempre com derrota para o Coritiba.
Para não superar estas marcas negativas e ser o único vice por quatro anos seguidos em quase 100 anos de Paranaense, o time atleticano aposta no jogo de hoje, no Boqueirão. A expectativa dos rubro-negros é, com apoio da torcida, surpreender, como no último dia 21 de abril, quando venceu por 3 a 1.
"A torcida pode esperar sim [a mesma raça do último Atletiba]", garantiu o meia Zezinho, autor de um dos gols daquela vitória e que retorna após cumprir suspensão na última rodada.
"É um jogo que tem de dar aquele algo a mais. Queremos vencer a qualquer custo. Sabemos que derrota e empate não são bem-vindos", acrescentou o camisa 10.
A favor dos jovens do time sub-23 atleticano, pelo menos, não pesa a pressão da diretoria do clube para evitar a qualquer custo o vice-campeonato pelo quarto ano seguido.
Desde o começo da competição, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, deixou claro que o Estadual não era uma prioridade para o Furacão, ao ponto de o time principal ser deixado de lado para uma longa pré-temporada. Chegou a chamar a disputa de engodo.
Posição ignorada pelos coxas-brancas. Enfileirar o maior rival na galeria dos vices parece ser o combustível do Alviverde. "Há muito tempo estou tentando entrar para a história do Coritiba. Um tetra sobre o rival é coisa para colocar no currículo", avisou o atacante Rafinha.
A hora do gol
Há dois momentos em que as torcidas de Atlético e Coritiba devem ter maior esperança em ver a bola na rede e maior temor de ver o seu goleiro ser vazado. Para o Furacão, o período mais favorável é a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Foi quando venceu suas partidas contra Toledo, Cianorte, Paranavaí e Rio Branco. E quando o Coxa deixou escapar os triunfos sobre Operário e Paranavaí, além de perder o clássico com o Paraná. Para o Alviverde, a hora do gol é um pouco antes, dos 15 aos 25 da etapa final. Foi ali que o time construiu as duras vitórias sobre o Londrina e quando se materializaram as derrotas rubro-negras para LEC, Paraná e Operário.
Atleticanas: Problemas
Sem Héracles, suspenso, Léo deve ser improvisado na esquerda e Renato ficará com a direita. Mas Anderson Tasca e Myller Alves também podem aparecer na lateral-esquerda. No meio, com a volta de Zezinho, o atacante Edigar Junio deve ir para o banco, mas o volante Elivelton também corre o risco de ficar de fora.
Alviverdes: Dúvidas
Victor Ferraz deixou o jogo contra o Londrina, domingo, com dores na coxa direita. O lateral não treinou durante a semana e é dúvida. Caso ele não possa jogar, Marquinhos Santos deve formar a linha defesa com Leandro Almeida, Pereira, Chico e Patric. Com a bola, Patric avança e ficam os três zagueiros.
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