Delator do ‘escândalo do WhatsApp’ do Coritiba, no ano passado, o conselheiro Bruno Kafka foi absolvido pelo plenário do Conselho Deliberativo do clube nessa segunda-feira (11), por 75 votos a 47 – ele havia sido expulso por uma comissão de notáveis, com decisão mantida pelo Conselho de Ética, mas recorreu e se mantém com o título.
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No caso, conversas envolvendo funcionários, dirigentes e conselheiros do clube foram vazadas, expondo um racha na diretoria alviverde. O conteúdo mostra diálogos que colocam em dúvida qual seria o real comando do clube: do presidente Rogério Bacellar ou do grupo denominado Indomáveis FC.
Após repercussão do vazamento, Bacellar demitiu dois funcionários que participaram das conversas: o coordenador de comunicação Adriano Rattman e o gerente de patrimônio Christian Gaziri, conselheiro vitalício do clube.
“Estou tranquilo por um lado, pois fui absolvido, mas frustrado por outro, porque os outros não foram condenados”, disse Kafka à reportagem.
Então vice-presidente, André Macias foi absolvido por um voto no fim do ano passado. Depois, renunciou ao cargo. Pierre Boulos, o outro vice envolvido, e os conselheiros Arthur Klas, Christian Gaziri e Carlos Eduardo Vianna também foram absolvidos.
“Até acho que o clube mudou depois desse caso. Pelo menos todos ficaram sabendo da verdade”, falou Kafka, que utilizou a falta de punição para Macias como seu argumento de defesa. Segundo ele, ‘se não há punição para quem pega R$ 200 mil e coloca na campanha para a Federação, por que haveria para quem expôs a verdade?’, disse, citando a quantia doada pelo clube à campanha frustrada de Ricardo Gomyde, derrotado por Hélio Cury.
Por fim, Kafka também comentou a atitude do presidente Bacellar perante o caso. “Respeito muito ele. Mas acho que nessa história poderia ter se portado mais em defesa do clube”.
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