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O presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, está no centro das críticas. | /
O presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, está no centro das críticas.| Foto: /

A derrota do Coritiba no clássico contra o time reserva do Atlético, na Arena da Baixada, com direito a pênalti perdido pelo artilheiro Kléber, escancarou a crise vivida pelo clube do Alto da Glória, dentro e fora de campo. Confira cinco tópicos que expõem o momento turbulento da gestão de Rogério Bacellar no Alviverde.

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1 Planejamento no lixo

Do surpreendente anúncio da renovação de contrato com Paulo Cesar Carpegiani, em novembro do ano passado, até a demissão do técnico, na última segunda-feira (27), passaram-se 95 dias. Foi o tempo que a diretoria coxa-branca precisou para jogar fora os primeiros três meses da temporada, ao custo de uma eliminação na Copa do Brasil e de um início fraco no Estadual. O próprio treinador reclamou da “falta de convicção” do clube. Qual o sentido de manter um comandante para se desfazer logo depois?

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2 Ronaldinho Gaúcho

O que era para ser uma contratação bombástica – e que na cabeça do vice-presidente Alceni Guerra chegou a estar 80% certa –, colocou o Coritiba no centro de uma chacota nacional. A tentativa de tirar Ronaldinho Gaúcho de uma virtual aposentadoria exigiu tempo e esforço do clube. O problema, no entanto, está na origem da ideia. A vinda de R10 seria, primordialmente, uma jogada de marketing pensada por Belletti – diretor executivo internacional do Alviverde. Ronaldinho era um nome de peso que poderia alavancar o número de sócios e trazer mais receitas. Futebol sempre ficou em segundo plano neste caso.

3 Coirmão

Atlético e Coritiba estão alinhados politicamente desde a eleição do presidente Rogério Bacellar, em dezembro de 2014. A parceria, que rendeu frutos no fechamento de patrocínios conjuntos, ficou ainda mais forte após as diretorias decidirem pela saída dos clubes da Primeira Liga e em não fechar a venda dos direitos de transmissão do Paranaense 2017. A posição adotada pelo Coxa, contudo, causou desgaste com uma parcela significativa da torcida. Muitos não aceitam a maneira com que a relação acontece. Um claro exemplo ocorreu antes do Atletiba na Arena da Baixada. Para receber a carga de 10% dos ingressos a que tem direito de acordo com o regulamento da competição, o Alviverde precisou acionar o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR). O coirmão queria liberar apenas metade da carga de entradas.

4 Presidente

Bacellar se apresentou à torcida coxa-branca como uma alternativa à gestão de Vilson Ribeiro de Andrade, desgastado por problemas com o elenco e também por seguidas campanhas contra o rebaixamento no Brasileiro. A chapa Coxa Maior, contudo, ruiu ainda em 2015, no primeiro ano do mandato, após o escândalo do WhatsApp – no qual conversas de dirigentes foram vazadas, expondo uma clara divisão dentro da diretoria. No mais, pouca coisa mudou para o torcedor. O time foi o 15º colocado nas duas últimas edições da Série A e não levantou nenhuma taça no período. Pior, perdeu dois Estaduais em casa (para Operário e Atlético). O dirigente é o símbolo de um clube desorganizado internamente, onde tudo pode mudar a qualquer momento.

5 Prioridades

Em meio à crise no início do último ano do mandato da diretoria, o foco do Coritiba não está totalmente onde deveria estar: no futebol. Ao mesmo tempo em que o clube leva adiante estudos para construir um estádio, surge a chance de que o Coxa poderia dividir a Arena da Baixada com o rival – ou até que a casa atleticana fosse compartilhada também com o Paraná. As conversas não repercutiram bem com o torcedor, que está mais preocupado com outro ano que se desenha ruim dentro de campo. É importante planejar o futuro, mas o beabá da bola aponta outra prioridade.

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