O quebra-cabeças envolvendo Coritiba e Raphael Veiga ainda não tem todas as peças no lugar, mas está cada vez mais perto de ficar completo. O detalhe é que a camisa ganhará outro tom de verde.
Natural de São Paulo, o meia de 21 anos acertou salário, luvas e cinco anos de contrato com o Palmeiras, que está disposto a pagar a multa rescisória de R$ 9,7 milhões para contar com o atleta a partir de janeiro – o Coxa teria direito a 70% do valor, o restante é do Audax-SP.
A negociação não foi colocada no papel, mas o desfecho é praticamente certo. Há cerca de três meses, no entanto, o hoje cobiçado jogador quase foi parar na Série C.
“O contrato estava acabando e o ex-empresário dele queria levá-lo para um time da terceira divisão. Estava de malas prontas para ir embora”, conta Luiz Alberto de Oliveira, atual agente de Veiga, que negociou a extensão de contrato até dezembro de 2017. O novo vínculo foi publicado no BID no último dia 29 de julho.
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O empresário, contudo, garante que a intenção do jogador era em renovar por três anos. A decisão coxa-branca optou por apenas uma temporada e meia, fato que acabou sendo decisivo para facilitar o assédio dos rivais após uma série de boa atuações. Na Série A, ele soma dois gols e três assistências em 15 rodadas.
Procurado pela reportagem, o presidente Rogério Bacellar se recusou a falar, mas disse ao site da ESPN que o jogador teve a ‘cabeça feita’. “O Palmeiras fez a proposta, rebatemos e estamos agora aguardando. O Audax é sócio do Coritiba nesse negócio e não podemos fazer nada sem eles. Não venderíamos o jogador, mas fizeram a cabeça do menino e do Audax”, criticou o dirigente.
“Entendo o lado do presidente. Não foi ele quem fez a negociação errada. Eu sei que ele tinha pedido três anos, está fazendo de tudo para tentar manter o jogador, apresentou projeto de carreira...”, minimizou Luiz Alberto, sem citar o responsável por conduzir as tratativas pelo clube.
Agora, o Coritiba aguarda para dezembro uma resposta oficial de Veiga sobre sua proposta de renovação, mas está de mãos atadas para impedir a saída do camisa 20 sem que tenha prejuízo.
Tanto que o clube já discute o empréstimo de jogadores do Palmeiras como compensação, assim como na venda do meia Robinho, além de tentar manter um porcentual de Veiga para lucrar em uma futura transferência.
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“O Raphael recebeu proposta para sair em fim de contrato ganhando metade da multa de luvas. Mas ele e o pai dele não admitem fazer isso. A intenção é manter a porta aberta no Coritiba”, fala o empresário. “Todo mundo vai sair ganhando, ainda mais o Coritiba que teve custo quase zero com o jogador”, emenda.
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