A diferença de tratamento dado pela dupla Atletiba para o Campeonato Paranaense foi ressaltada pelos atletas do Coritiba na festa do tetracampeonato. Enquanto o Alviverde atuou na maior parte da competição com sua formação principal, reforçado por atletas experientes como Alex, Deivid e Rafinha, o Atlético optou por poupar seu time A, colocando em campo, durante todo o campeonato, o sub-23 – na decisão do título, por exemplo, a média de idade da formação escalada por Arthur Bernardes foi de apenas 20,8 anos. "Todo título é importante, mas, se tratando de um clássico, tudo o que aconteceu no campeonato, o Atlético tentando desvalorizar ao máximo, e a gente valorizando, fica ainda mais especial", destacou o meia Rafinha. Os atletas coxa-brancas também ressaltaram a humildade com a qual encararam o clássico, mesmo com o favoritismo do Coritiba por usar seus principais jogadores. "Com certeza os velinhos chamaram a responsabilidade, trouxeram tranquilidade. Nosso time foi humilde e paciente e isso fez a diferença", disse o meia Robinho, um dos atletas mais regulares na campanha campeã. Ele também comentou sobre as diversas críticas sofridas pelo time, principalmente no segundo turno, quando encontrou derrotas no caminho e caiu de produção. "A cobrança faz parte, a torcida quer que o time goleie sempre. O mais importante é saber o que está fazendo em campo. Foi importante, a torcida cobrava o Marquinhos [Santos, técnico], que nos cobrava depois. Demos o melhor e foi importante essa vitória", completou o jogador. Para o volante Gil, a pressão sofrida pelo grupo a partir da metade do segundo turno não desviou o foco na conquista do tetracampeonato. "Nós merecemos o título, não desmerecemos em nenhum momento o time do Atlético. Merecemos do começo ao fim, tivemos uma queda de rendimento no segundo turno, mas todo mundo sabia que na hora do ‘bicho pra capar’ [sic] a gente não ia deixar a desejar", afirmou.

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