Por mais reforçada que seja a blindagem em semana de clássico, com treinos fechados, entre outras artimanhas, Atlético e Coritiba são inimigos íntimos. Não há muito para se esconder na definição das escalações, nem mesmo no ajuste das formações táticas para o confronto de domingo, às 16 horas, no Couto Pereira.
Sentado no banco de reservas alviverde, o técnico Marquinhos Santos é um velho conhecido dos rubro-negros. Começou e se criou na bola dentro do CT do Caju, onde esteve de 2005 até agosto de 2009, comandando com sucesso boa parte das equipes inferiores do Furacão.
"Desse elenco do Atlético, vários eu aprovei lá no sub-15 na época, que depois passaram pelo sub-17, sub-20 e agora estão no profissional", relembra Marquinhos, que também foi treinador dos conjuntos sub-15 e sub-17 da seleção brasileira.
Dois dos jogadores mais importantes sub-23 do Rubro-Negro foram próximos do técnico: o goleiro Santos e o zagueiro Bruno Costa, um dos líderes do elenco. Juntos os três foram vice-campeões da Copa São Paulo de 2009.
Entretanto, o fato de ter visto essa piazada crescer no esporte é relativizado pelo hoje coxa-branca. "Num clássico não vale tanto conhecê-los, até porque é outro momento. Claro que as características de cada um não mudam, mas na questão tática, maturação, evolução, é diferente", comenta.
Do outro lado do confronto, se o técnico Arthur Bernardes é apenas um principiante em futebol paranaense, o Furacão também está bem informado sobre o rival. Graças a uma arma secreta ou nem tanto.
O ex-volante Alex Lopes, hoje auxiliar-técnico do clube, foi destacado para montar um dossiê sobre o adversário de domingo. Contribui para a produção do plano o fato de o espião ser um pós-graduado no clássico mais tradicional do Paraná.
De 1986, quando surgiu na base atleticana, até 1996, o camisa 5 encarou uma infinidade de vezes o Coxa. Período em que marcou a sua passagem pela Baixada com atuações cheias de disposição, com a pegada do Atletiba.
Deixe sua opinião