Após três vitórias consecutivas no Brasileirão, a última, domingo, sobre a Chapecoense, com o apoio da torcida no Couto lotado, o Coritiba acredita ter encontrado um trunfo de peso na luta contra o rebaixamento: o aspecto psicológico dos jogadores.
Um conjunto de fatores, como a chegada de reforços, a recuperação médica de alguns atletas, e a ação motivacional desenvolvida por torcedores no treino antes do jogo de domingo, tem apresentado resultados nos últimos dias.
A ação chamada “O Couto fala” foi a última e bem-sucedida iniciativa a atingir o grupo do técnico Ney Franco, na véspera da partida com a Chapecoense, domingo (23). Sábado, no último treino antes do jogo contra os catarinenses, os jogadores e a comissão técnica foram surpreendidos por uma voz nos autofalantes do estádio. O mote da mensagem era de que a torcida estava junta com o time na luta contra a ZR. “O momento foi perfeito. Início de turno e time precisando de uma palavra de motivação”, diz o conselheiro Gabriel Zornig, um dos idealizadores da ação. “Fomos autorizados a entrar no Couto e o feedback na hora foi sensacional. O Ney Franco contou depois que adorou e os jogadores ficaram surpresos e aplaudiram”, acrescentou.
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Leia a matéria completaAção semelhante já tinha acontecido na Argentina com o Boca Juniors. A ideia de trazê-la para o Coritiba foi de um grupo de torcedores e funcionários.
Para o psicólogo Gilberto Gaertner, contratado em maio, a iniciativa ajudou. “Os jogadores entenderam que não estão sozinhos nessa travessia difícil que vai se estender até o final do ano”, exalta.
O apoio no áudio do Couto também repercutiu na arquibancada. Domingo, o time teve o terceiro maior público do ano: 21.114 pagantes.
Embora frise que só o reestabelecimento da condição psicológica não ganha jogo, sendo necessária evolução física, técnica e tática, Gaertner vê um fortalecimento mental do grupo. “O futebol mostra que um grupo que supera dificuldades se torna muito mais forte para enfrentar as adversidades”, disse.
Dois jogadores exemplificam o processo de reestruturação: os atacantes Evandro e Negueba. Com apenas 18 anos, o primeiro mostrou personalidade, com gols decisivos na classificação contra a Ponte na Copa do Brasil, nos empates com Corinthians e Goiás e na vitória sobre o Vasco. O segundo mereceu uma atenção especial. Chamado de Guilherme pelo psicólogo, Negueba enfrentou problemas particulares, físicos e de confiança. A superação possibilitou ao jogador se firmar como titular . “Toda a dificuldade que ele enfrentou serviu para que amadurecesse. Aprendeu com as experiências difíceis e se tornou um jogador extremamente importante, esforçado ao extremo, e maduro. O grupo todo está caminhando nessa direção”, concluiu Gaertner.
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