O caso envolvendo os meias Dion Andrade e Ricardinho ainda repercute nos bastidores do Coritiba .
Homem-forte do futebol alviverde em junho de 2016, época em que os jogadores foram contratados, Maurício Andrade assegura que a chegada dos desconhecidos “reforços” foi uma surpresa até para ele próprio, pois, segundo Andrade, se tratou de um negócio costurado diretamente pelo presidente Rogério Bacellar.
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“Não foi um erro do departamento de futebol. Isso aí tem que perguntar para o presidente [Bacellar]. Foi ele quem fez a parceria com os empresários, só fui informado no dia”, garante Andrade, que deixou o clube em agosto do ano passado, dois meses depois das negociações, para tratar de problemas de saúde.
“Isso foi algo que veio de cima para baixo, um negócio que o presidente arrumou diretamente com os empresários”, reforça. “A gente recebeu as informações de como seria o projeto, de recuperar os atletas, só depois”, complementa. A presença de jogadores seria uma ponte para negócios futuros com o futebol chinês.
Procurado, Bacellar argumentou, via assessoria de imprensa, que a decisão de contratar Dion e Ricardinho foi administrativa e que, portanto, contou com a participação de todos os profissionais que faziam parte do departamento de futebol do clube na época. Ainda via assessoria, o mandatário afirmou que não comentaria o caso pois há um processo de Dion Henrique contra o Coritiba correndo na Justiça. O boleiro desconhecido, que ficou famoso por fazer caretas com a camisa do Coxa, chegou a postar uma camisa do clube com os seu nome nas redes sociais.
Desde março deste ano, o jogador cobra o clube judicialmente, cobrando cerca de R$ 40 mil. Ele vivia em um alojamento do Coxa e alega ter sido despejado em agosto do ano passado e constrangido a assinar documentos que resultariam em uma demissão por justa causa. Ele pede a indenização, principalmente, pelos danos à sua imagem.
Na época das chegadas de Dion e Ricardinho, o Coritiba apenas informou que ambos faziam parte de uma parceria com o futebol chinês e que não atuariam pelo clube, sem dar maiores detalhes sobre a misteriosa negociação.
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