O gol de Kazim na vitória no clássico com o Atlético logo na estreia pelo Coritiba não foi surpresa para Zico. “Foi gol de atacante que olha o goleiro e desvia a bola. Muita gente cabeceia de qualquer forma. Ele fez de forma pensada”, avalia o ex-camisa 10 da seleção, que entre 2007 e 2008 treinou o atacante no Fenerbahçe, da Turquia.
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Nesse período, afirma o Galinho de Quintino, o que o atacante mais pedia para ele eram dicas de como melhorar a finalização. “Ele sempre vinha me perguntar como poderia evoluir tecnicamente. Eu dizia para ele levantar a cabeça quando fosse chutar, que prestasse muita atenção no pé de apoio e que ficasse ligado na movimentação do goleiro antes de definir”, lembra Zico.
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Sobre o rendimento de Kazim após as orientações, Zico crava: “Ele pegava tudo muito rápido e já aplicava em campo”.
A dedicação de Kazim nos treinos do Fenerbahçe não era à toa. Com apenas 21 anos, o atacante não só tinha a oportunidade de evoluir seu futebol, como tinha a chance de fazer isso sob a tutela de um de seus ídolos. “O Kazim foi pro Fenerbahçe por causa do Zico. Ele sempre gostou do Brasil e é fã do Ronaldo e do Zico. O Kazim era muito amigo dos brasileiros quando estava no Fener e tinha esse sonho de jogar no Brasil”, argumenta o empresário do jogador, Matheus Nassif.
Na equipe turca, Kazim teve a oportunidade de jogar com o lateral pentacampeão Roberto Carlos, com o ex-atacante do Coritiba Deivid, com quem fez dupla de ataque, além de Alex, ídolo alviverde que foi definitivo para a vinda do atacante ao Alto da Glória. “Não foi o Alex que conversou com ele [para vir ao Coxa]. O Kazim que procurou o Alex. E essa conversa foi fundamental para ele ir para o Coritiba”, reforça Nassif. Antes de estrear no Couto Pereira, Kazim chegou a pedir a bênção do ídolo para poder jogar com a camisa 10 alviverde, que não vinha sendo usada no elenco desde a aposentadoria de Alex em 2014.
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Leia a matéria completaKazim se transferiu do inglês Sheffield United para o Fenerbahçe logo depois de estrear pela seleção turca no segundo tempo do amistoso com o Brasil, em Dortmund, na Alemanha, que terminou em 0 a 0 - o jogador é inglês de nascimento, mas filho de mãe turca. Zico afirma que não participou da negociação, comandada pelo presidente do clube. Mas que assim que o atacante chegou ao Fener já chamou a atenção.
“O que me chamou a atenção de cara é que ele tinha um chute forte para caramba”, recorda Zico. O que é confirmado pelo goleiro Wilson nos treinos do Coxa. “O Kazim segura muito bem a bola, protege bem e chuta forte. Nós goleiros estamos sofrendo para caramba com ele”, enfatiza o arqueiro.
Bad boy
Sobre o comportamento fora de campo, Zico diz que Kazim nunca deu qualquer tipo de trabalho no Fenerbahçe. “Comigo ele foi muito bem. Nunca teve problema de ficar fora de forma e aplicava em campo tudo o que eu orientava”, ressalta o treinador.
Antes de vir para o Coritiba, o atacante se envolveu em polêmicas. Em 2013, foi acusado de homofobia quando jogava no Blackburn Rovers, da segunda divisão inglesa, ao responder as provocações da torcida do Hove Albion simulando colocar o braço entre as nádegas. No começo de 2016, foi suspenso por duas semanas no Feynoord após ameaçar um jornalista que escreveu matéria dizendo que a diretoria e os patrocinadores do clube holandês não estavam satisfeitos com seu comportamento.
“Comigo lá no Fenerbahçe ele não tinha essa fama de bad boy. Mas eu também nunca me preocupei com o que meus jogadores fazem fora de campo. Sei que dentro de campo ele fazia tudo o que eu pedia”, enfatiza Zico.
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