Faixas de protesto no Couto expõem guerra política nos bastidores do Coritiba

Em meio à luta do Coritiba para melhorar de rendimento no Brasileiro, uma série de faixas de protesto contra a diretoria penduradas no estádio Couto Pereira, na manhã do último sábado (6), trouxe à tona novamente o turbulento ambiente político vivido pelo clube.

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Oficialmente, o clube não comenta a situação. Nos bastidores alviverdes, entretanto, existe a certeza por parte dos cartolas de que as faixas foram colocadas por membros de correntes políticas contrárias à da atual diretoria, encabeçada pelo presidente Rogério Bacellar.

O clube também descarta qualquer participação da torcida organizada Império Alviverde no ato. As faixas foram retiradas no mesmo dia. “Cadê o presidente?”, “Vergonha maior”, “Diretoria omissa”, “Amadorismo” e “Cala a boca Alceni [Guerra]”, foram as mensagens penduradas. Veja nas fotos abaixo.

No final do ano retrasado, o Coxa teve eleição disputada. Candidato de oposição, Rogério Portugal Bacellar, da “Coxa Maior”, fez 2.241 (62%) votos contra 1.397 (38%) de Vilson Ribeiro de Andrade, da situação, cabeça da “Coritiba, nós construímos”.

TABELA: classificação da Série A

Procurado, o presidente Bacellar não atendeu à reportagem. Já o vice-presidente Alceni Guerra, atingido diretamente por uma das mensagens, recebeu como naturais as críticas devido ao delicado momento enfrentado pelo Coxa dentro de campo.

“Temos de encarar com naturalidade”, avalia Guerra. “No fim, quando o trabalho for completado, as faixas serão boas. Temos projetos muito bons e no final daremos alegrias para a torcida”, promete.

Apesar de ter vencido a Ponte Preta por 3 a 1, no domingo (7), o time agora comandado por Paulo César Carpegiani segue na luta direta contra o rebaixamento. Com 21 pontos, a equipe está em 15º lugar. Entretanto, o Figueirense, em 16º com os mesmos 21 pontos, e o Botafogo, em 17º, na ZR com 20, têm uma partida a menos que o Alviverde.