O porte de atleta e jeito de piá do estudante de Educação Física Lucas, que prefere manter o sobrenome em sigilo, não deixam transparecer sua identidade secreta. Esse rapaz de 23 anos é quem encarna o Vô Coxa, mascote que anima a torcida nas partidas no Couto Pereira. Por amor ao Coritiba, ele sua às bicas debaixo da fantasia desde 2011.
Lucas recebeu a missão do primo, que antes havia recebido do Vô Coxa original. “A 1.ª vez foi emocionante. Todo mundo gritava o meu nome e pensei: sou f. No fim percebi que na verdade eu seria um ‘famoso anônimo’”, relata.
A rotina de Vô Coxa começa duas horas antes dos jogos e só termina no apito final. Ao chegar no estádio, bate o cartão na sala da Tia Lourdes, conhecida como Vovó Coxa. Entre as recomendações feitas por ela, a principal é de, literalmente, não perder a cabeça.
QUEM É O VÔ COXA?
Nome: CONFIDENCIAL
Idade: 23 anos
Profissão: Educador Físico
Hobby: Futebol Americano
Ídolos: Alex e Wilson
Sonho: Entrar em campo com o filho (ou seria neto?) no Couto Pereira.
Lucas nunca teve problemas em cumprir a orientação, ao contrário de seu antecessor. “Teve um jogo em que o Ariel marcou um gol e arrancou a cabeça dele na comemoração. Foi o único até hoje que perdeu a cabeça.”
O mascote também não pode provocar os torcedores adversários e tem de deixar o campo com a bola rolando, por determinação da CBF. Antes da partida, faz a festa com a criançada, tira fotos e canta o hino. Volta no intervalo para o ‘chute a gol’, ação de marketing que lhe causou uma situação inusitada.
“Um cara fez o gol do meio campo e na hora de comemorar veio me dar uma barrigada para tentar me derrubar. Mas também faço futebol americano e quem caiu foi ele. Todo mundo deu risada”, se diverte.
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Domingo, contra o Vasco, em duelo que vale a permanência do time na Série A do Brasileiro, a missão será animar torcedores sob tensão. “Esse ano foi muito sofrido. A torcida fica mais estressada e não dá para brincar muito, senão ameaçam dar um ‘corridão no véio’”, brinca o personagem.