Se o “respiro” do Coritiba no Campeonato Brasileiro veio justamente no momento em que seu sistema de marcação se mostrou mais conciso -- na série invicta que acumulou entre a 18ª. e a 24ª. rodada, o time sofreu apenas dois gols em sete jogos -- o atual momento de turbulência vem acompanhado de uma queda de rendimento na defesa.
Esse cenário foi mais uma vez determinante neste domingo, quando o Coxa mostrou vários problemas de marcação e perdeu para a Ponte Preta por 3 a 0, no Moisés Lucarelli.
O placar elástico confirmou a má fase defensiva da equipe – com quatro derrotas consecutivas, o Alviverde sofreu 11 gols e marcou apenas um na sequência em que perdeu para Cruzeiro (2 a 0), Atlético-MG (3 a 0), Joinville (3 a 1) e Ponte (3 a 0).
Em Campinas, o Coxa começou bem na marcação, mas se abalou após uma dupla falha que resultou no primeiro gol da Macaca, aos 4’/2º: na bola levantada por Biro Biro, o goleiro Wilson saiu mal e Alexandro ainda tocou com o braço na bola para abrir o marcador – o lance foi validado erradamente pelo árbitro Pablo dos Santos Alves.
A jogada foi suficiente para desestruturar a marcação coxa-branca, que passou a bater cabeça e sofrer com o contra-ataque do time paulista, que ainda ampliou aos 40’, com Alexandro em nova falha do goleiro Wilson, e aos 46’, com Biro Biro recebendo livre para fechar o marcador.
Mesmo com retrospecto ruim, Coxa se agarra a jogos no Couto para fugir da degola
Após a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, neste domingo (18), os jogadores do Coritiba se apegam à sequência de duas partidas dentro de casa -- contra São Paulo e Figueirense -- para tentar reverter a situação delicada do clube no Brasileirão.
Leia a matéria completa“Não tivemos inteligência para parar o contra-ataque”, lamentou o goleiro Wilson, que também citou a falta de criatividade do time na busca pelo resultado. “Temos que ter tranquilidade e inteligência para procurar o empate sem se expor”, acrescentou.
Apesar do volume de gols sofridos nos últimos jogos, o técnico Ney Franco minimizou o retrospecto, apegando-se à necessidade do time se lançar ao ataque pelo placar atrás. “Tivemos que correr alguns riscos, abrir mais a equipe para buscar o resultado”, justificou.
A série de quatro derrotas mantém o Coxa na zona do rebaixamento do Brasileiro, com 33 pontos – depois da derrota do Avaí para o Palmeiras, no sábado, bastava um empate para o Coxa sair da ZR. “Dependemos praticamente apenas dos nossos esforços para sair da zona do rebaixamento e não temos tempo para lamentar”, focou Lúcio Flávio.
Craque:
Entrou no segundo tempo e deu nova movimentação ao ataque da Macaca, levando perigo nas jogadas de contra-ataque.
Bonde:
Responsável pela criação no meio-campo alviverde, teve uma atuação apagada.
Guerreiro
Foi a principal alternativa do Coritiba para as jogadas no ataque. Sofreu um pênalti no primeiro tempo, não marcado pela arbitragem.
Chave do jogo:
Enquanto só precisou marcar, o Coritiba fez um jogo equilibrado, mas sofreu o gol na jogada mais forte da Ponte, na bola parada levantada na área. No entanto, quando precisou criar, o alviverde teve muita dificuldade, pouco levando perigo ao goleiro Marcelo Lomba.
Os gols:
2º tempo:
4 min - Na bola levantada na área por Biro Biro, o goleiro Wilson sai errado e Alexandro conclui a gol. Antes de entrar, a bola bate no braço do atacante da Ponte.
40 min - No contra-ataque da Ponte, a zaga do Coxa estava desorganizada e Alexandro, livre de marcação, chuta rasteiro para fazer o segundo.
45 min - Biro Biro chuta rasteiro na entrada da área e amplia o placar para a Macaca.
Suspensos:
Coritiba: Leandro Silva
Próximos jogos:
Ponte Preta: Atlético-MG (fora), Joinville (casa), Internacional (fora)
Coritiba: São Paulo (casa), Figueirense (casa), Corinthians (fora)
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