Ingressos de bilheteria custam caro no Couto Pereira.| Foto: Pedro Serápio/Arquivo Gazeta do Povo

O torcedor que não é sócio e quiser assistir à final entre Coritiba e Operário, no próximo domingo (3), no Couto Pereira, só irá gastar menos do que palmeirenses e santistas para acompanhar a decisão do Estadual.

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Entre os principais torneios regionais do país, o Paranaense é o que tem o segundo ingresso mais caro no jogo decisivo. O valor mínimo da entrada inteira é de R$ 95. Os ingressos começaram a ser comercializados pela internet nessa quarta-feira (29). Na sexta, a venda inicia nas bilheterias do estádio.

No Paulista, os torcedores não sócios terão de desembolsar pelo menos R$ 210. Os valores nos outros principais centros são parecidos entre si, como Rio Grande do Sul (R$ 80), Minas Gerais (R$70) e Rio de Janeiro (R$60). Já na vizinha Santa Catarina, a entrada mais em conta para o jogo entre Joinville e Figueirense sai por R$ 50.

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Quando a listagem engloba o Nordeste, o preço diminui ainda mais. Os bilhetes para a final da Copa do Nordeste, entre Ceará e Bahia, disputada no Castelão, custou no mínimo R$ 50. As finais do Baiano (R$ 20), Pernambucano (R$ 25) e Cearense (R$ 30) são ainda mais em conta.

 

Mas nada supera a finalíssima do Goiano, onde o torcedor troca uma entrada por dois palitos de picolé da empresa Creme Mel, que negociou 30 mil ingressos com o Goiás. Como o sorvete mais barato custa R$ 1,25, a entrada sai por apenas R$ 2,50.

A ideia do clube é deixar de ter a quarta pior média de público entre os times da Série A, B e C em 2015, com 955 torcedores. Já os sócios poderão assistir ao jogo diante da Aparecidense das cadeiras, levar um acompanhante e ainda ter um tratamento especial, com bebidas e produtos da empresa à disposição.

No caso do Coritiba, a justificativa do valor alto está justamente nos associados. “Eu não acho normal [ter o segundo ingresso mais caro entre as finais]. Mas nós estamos com uma campanha valorizando o sócio. Se fizermos promoção agora vamos tirar o incentivo de quem está se associando”, admite o presidente do Coxa, Rogério Bacellar.

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Desafiante do Alviverde, o Operário segue a mesma linha: sócio em primeiro lugar. Nesta semana, por exemplo, o clube está dando ingressos para quem se associar nos planos mais caros do clube. Quem não se vincular, terá de pagar R$ 95 pela entrada avulsa.

O dirigente do Coxa diz, porém, que o clube estuda diminuir o preço do setor da Curva da Mauá e do Pró-Tork para o Brasileiro, com o objetivo de atrair mais público, mas sem desvalorizar os sócios.

Para o consultor de marketing e gestão esportiva Amir Somoggi, o ideal é chegar a um meio termo onde o sócio seja valorizado, mas sem proibir o próprio associado, por exemplo, de comprar ingressos e levar a família em um jogo específico.

“A fidelização é fundamental para os clubes, que tem de tratar os sócios com carinho porque a qualquer momento eles podem deixar de pagar. Mas o valor alto impossibilita bons públicos em jogos de menor apelo”, analisa Somoggi.

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