Em 18 de outubro de 2012, na apresentação do meia Alex no Couto Pereira após o retorno ao Coritiba, o meia Thiago Lopes estava entre os 10 mil torcedores nas arquibancadas do estádio. Ele ouviu o ídolo contar sobre os tempos em que também era jovem e assistia aos jogos do Coxa, sonhando em jogar junto com Pachequinho e companhia. “Tomara que um dia isso também aconteça comigo”, pensou Lopes.
A parceria com o camisa 10 não chegou a acontecer, mas o garoto de 19 anos começa a ganhar espaço no Coxa. Natural de Mogi Mirim, no interior paulista, Lopes está nas categorias de base do Alviverde desde os 15 anos, quando foi descoberto pelo superintendente de futebol, Mario André Mazzuco. O momento mais importante da curta carreira ocorreu no último fim de semana, quando foi fundamental na vitória sobre o Santos (1 a 0) ao construir toda a jogada e dar o passe que resultou no gol de Henrique Almeida.
“O [técnico] Pachequinho falou para eu pegar a bola e partir para cima. Na hora do gol, o Carlinhos me deu a bola e o volante do Santos ficou na dúvida se eu ia tabelar com o Juan. Eu driblei, fui carregando, vi o Henrique pedindo a bola e toquei”, relembra.
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O segundo semestre de 2015 tem sido de muitas mudanças na vida do jovem. Até julho, o meia vivia no alojamento do clube. Um dia acabou observado em um treinamento contra os profissionais pelo então técnico Ney Franco e logo conquistou o ex-comandante alviverde.
“No dia seguinte, ele solicitou que eu integrasse o profissional. Foi na semana do jogo contra o Goiás [no primeiro turno, em 2 de agosto]. Treinei na sexta e no domingo eu fui para o banco”, relembra. A estreia efetiva ocorreu 15 dias depois, contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. “Foi tudo muito rápido, de repente. Mas eu estava me preparando para isso”, garante.
O meia, que relata ter se surpreendido com o assédio de alguns torcedores na rua, já acumula sete partidas pelo time profissional, sendo três como titular. O fato de entrar na equipe em meio à luta contra o rebaixamento não assustou Lopes. “Não acredito que seja uma fogueira. É uma oportunidade e pressão é natural da profissão”, opina.
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