Grande aposta do Coritiba para 2016, por motivos financeiros, especialmente, a contratação de jogadores estrangeiros está em baixa no Alto da Glória. Durante a última temporada, seis gringos passaram pelo clube: o volante paraguaio Cáceres, que nem terminou o ano no Couto Pereira; o atacante Kazim (inglês naturalizado turco); o lateral-esquerdo César Benítez (paraguaio); o meia César González (venezuelano), o zagueiro Nery Bareiro (paraguaio); e o atacante Jorge Ortega (paraguaio). Nenhum deles permanece no plantel alviverde. O único forasteiro nas fileiras coxas-brancas atualmente é o atacante colombiano Yilmar Filigrana, que contrariou a correnteza e desembocou no time paranaense neste início de ano.
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De fato, os números dos gringos do Couto Pereira não impressionaram na temporada passada. O volante Cáceres, que estava no Vitória, foi uma das maiores decepções. Em 33 jogos pelo Coxa, marcou um gol contra. Jorge Ortega veio com a fama de matador e futuro dono da camisa 9, mas não decolou. Em 16 jogos, balançou as redes apenas uma vez. “Não dá para dizer que eles não foram bem. Muitas vezes se espera demais das contratações”, contemporiza o vice-presidente Alceni Guerra.
Kazim é um exemplo notório desse limiar de produção. Em 25 jogos, o atacante fez apenas três gols, ficando mais conhecido pela luta em campo, pelo gol marcado no clássico Atletiba e por suas entrevistas pitorescas à imprensa. O experiente González, também conhecido como El Maestrico, começou bem, mas precisou passar por uma artroscopia, não atingindo, após a recuperação, a melhor performance física. Em 20 jogos, fez um gol e uma assistência.
Mais regular, Nery Bareiro terminou a temporada como titular, mas não aceitou a proposta salarial de renovação. Acabou fechando por dois anos com o Guaraní, do Paraguai, atual campeão do Torneio Clausura e que disputará a Libertadores. No Alviverde, fez 17 jogos e 2 gols. “O Nery terminou bem o ano, valorizado. Mas para essa temporada o Carpegiani quer jogadores mais velozes, de maior intensidade”, explica Guerra, deixando no ar que, apesar do rendimento regular no fim de 2016, Bareiro não era uma prioridade para esta temporada.
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Apesar de saídas por propostas financeiras vantajosas ao clube, como no caso de Kazim, vendido por R$ 1, 2 milhão ao Corinthians, e o simples desinteresse da comissão técnica de Paulo César Carpegiani na continuidade dos gringos, o Coritiba segue de olho no mercado internacional, principalmente sul-americano. “Temos nossos olheiros e há países da região com bons jogadores e acessíveis à nossa folha salarial”, completa o dirigente. Foi dessa maneira que o clube encontrou o colombiano Yilmar Filigrana, contratado do Deportes Quindío, da Segunda Divisão da Colômbia.