Jejum de gols faz Emerson enfrentar até pressão caseira

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A sequência de gols do zagueiro Emerson no início da temporada acostumou mal a torcida do Coritiba – e o próprio jogador. Agora, com quase dois meses sem balançar a rede, o defensor tem vivido uma pressão interna digna de atacante matador. Com direito a cobrança até da esposa.

Emerson tem oito gols em 2012 e 18 com a camisa alviverde, se igualando a Zambiasi como principal beque-artilheiro da história do clube. Mas, sem marcar desde o dia 7 de abril, quando venceu o goleiro do Cianorte, viu o enredo mudar radicalmente. "Eu me cobro, a minha esposa me cobra, a família cobra...", conta. "Tenho que treinar bastante para começar a fazer gols de novo", completa.

Para ele, o segredo para a volta dos gols está relacionado diretamente com o período para treinamentos, o que ocorrerá agora com a paralisação do Brasileiro por causa dos amistosos da seleção – o Alviverde só volta a campo no dia 6 de junho, contra a Portuguesa, no Couto Pereira. "Comecei a fazer muitos gols e fiquei bastante visado. Vou procurar treinar mais para conseguir me livrar da marcação", explica. "Conhecem o nosso time como sendo o que tem uma bola parada muito forte. Então eles [os adversários] procuraram se defender bem."

O período serve de reflexão também para o time que, com a atenção dividida também com a Copa do Brasil – disputa a semifinal com o São Paulo –, acumula duas derrotas em duas rodadas do Brasileiro. "Nós sabemos que temos de cumprir o nosso dever, principalmente no Couto Pereira. Pode ter certeza de que vamos aprender com essa derrota", diz Emerson, em referência ao revés por 3 a 2 para o Botafogo no domingo passado.