Uma seleção de craques da história coxa-branca pisou novamente no gramado do Couto Pereira, neste domingo (20), para matar a saudade dos torcedores em uma partida em homenagem ao meia Toby, falecido em novembro deste ano. O encontro de gerações do Coritiba teve atletas da equipe em 1985, ano da conquista do título brasileiro, e em 1989, ano em que o clube foi campeão paranaense.
As cerca de 1500 pessoas que enfrentaram a chuva para assistir à partida viram a vitória dos campeões brasileiros de 85 por 4 a 1, com gols de personagens acostumados a dar alegrias à torcida no Alto da Glória: Aladim, Jetson, Lela e Polaco marcaram para os campeões nacionais, enquanto Alex descontou para os campeões estaduais.
A partida, organizada pelo ex-jogador Sergio Prestes, hoje comentarista de futebol, tinha o propósito de homenagear Toby e também ajudar a arrecadar fundos para a família do ex-companheiro, em situação financeira delicada. Serginho, que fez parte da conquista estadual em 89, saiu de campo ainda no começo do jogo e, emocionado, agradeceu a presença de todos os convidados que estiveram em campo.
“Não tem preço uma festa dessas. A doação de todo mundo, todos os convidados vieram porque o Toby era uma pessoa de milhões de amigos. Hoje, uma parcela desses amigos estão aqui para homenageá-lo”, declarou.
Apesar do clima festivo, o jogo foi acirrado desde o início. O ex-atacante Lela, que tem como marca a irreverência, marcou o gol que abriu o placar e fez questão de comemorar com a famosa careta, relembrando seus grandes momentos no Alto da Glória. “É uma emoção muito grande [voltar a fazer gol no Couto]. É como se fosse a primeira vez, amo essa cidade, esse time, torço pelo Coritiba e espero voltar sempre aqui para mais alegrias”, afirmou.
Lela e Toby jogaram juntos por cinco anos no time alviverde, tempo que fez a relação entre os dois se estreitar e ganhar contornos familiares segundo o avante, que trocou o sorriso pela expressão de pesar ao falar do amigo. “Foi um irmão para mim. Foram anos convivendo e, infelizmente aconteceu [a morte]. O bom é que a gente tem sempre coisas boas para lembrar”, disse, em referência ao tempo que passaram juntos no clube.
Alex, hoje comentarista esportivo de um canal a cabo, também participou do jogo. Mesmo sem ter jogado em nenhum dos times, já que tinha oito anos quando o Coxa conquistou o Brasileirão e 12 quando o time de 1989 jogava, o ex-meia tem relação de idolatria com jogadores das duas gerações.
Com diversos de seus ídolos de infância em campo, Alex abraçou a causa que o ‘ajudou’ a entrar novamente no gramado do estádio, e pode jogar com os jogadores que o inspiraram a se tornar profissional do Coritiba. “O melhor de tudo é reencontrar o pessoal, eu era criança e eles já jogavam muito. Eu vi a maioria jogando e retornar aqui depois de um ano, com esse pessoal, é muito bom”, concluiu o craque.