"O vento começou a soprar para cá", comemora o gestor do líder do Paranaense. Após um início de campeonato ruim, Sérgio Malucelli vê até a sorte ajudar na escalada londrinense no returno. Logo na semana considerada mais difícil para o Tubarão nesta fase, uma goleada embala o time, que vai encarar um Coritiba abatido pelo fim de mais de dois anos de invencibilidade estadual.
"Graças a Deus. Para nós foi boa a derrota do Coritiba. Podemos jogar um pouco mais tranquilos. Se fôssemos para o jogo em condições de igualdade, ficaria muito difícil para nós. Agora até uma derrota não será tão ruim, pois vamos decidir em casa [contra o Toledo]. Se ganhar ou empatar dá para colocar a mão na taça [do segundo turno]", afirmou Malucelli.
Concorrente a uma vaga na decisão com o finalista Atlético, o Alviverde ficou para trás ao perder para o Arapongas por 2 a 0. Já o LEC venceu o lanterna Iraty por 4 a 0, no duelo entre o melhor e o pior do Paranaense e cujos caminhos têm ligação direta com Malucelli.
Após 18 anos à frente do Azulão, a saída do empresário deixou a equipe dos Campos Gerais à deriva. "E ruim, né? Muito ruim ver a equipe nessa situação. Dois times têm de cair. Não queria que fosse o Iraty. Mas não ganhou até agora e precisa de cinco vitórias em sete jogos... Sou realista", reconheceu.
Mas ele não assume sozinho a responsabilidade pela derrocada. "Nunca tive em Irati, e olha que eu sou de lá, o apoio que encontrei aqui em Londrina. E nós divulgamos muito a cidade negociando jogadores para vários lugares do mundo", reforçou, descartando até ajudar a equipe natal na Série Prata, caso a degola se confirme. "Meu ciclo em Irati acabou."
O foco agora é dar continuidade ao sucesso do Londrina. Uma vaga na final garantiria a desejada vaga na Série D e na Copa do Brasil. "Esse é o primeiro passo. Nosso planejamento é para 10 anos e, em 2015, esperamos que a equipe esteja, na pior das hipóteses, na Série C. Mas queremos a Série B", afirmou.
Para isso, já começaram as buscas por novos parceiros para manter um orçamento que só estaria, segundo o gestor, atrás aos da dupla Atletiba. "É alto [o investimento]. Temos boas parcerias, mas é preciso negociar jogadores. Só com renda e patrocínio, quebra."
Destaque da equipe, como Ayrton, teriam prazo de validade no Londrina. "Está na hora de ele sair. Outros também serão negociados. O que não pode é perder a base. Temos vários jogadores de outras equipes para reforçar o Londrina", garante Malucelli, citando Paraíba, artilheiro do Iraty, e o meia Ceará, do Operário.
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