O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cobra urgência da Federação Paranaense de Futebol (FPF) sobre a definição do palco do Atletiba da penúltima rodada do returno, que pode definir o destino do Campeonato Paranaense. Apesar de a entidade esportiva se apegar ao prazo regimental de 72 horas para indicar o local do jogo do próximo dia 21, o MP espera uma decisão antecipada diante da classificação de "alto risco" atribuída ao clássico em relatório enviado pelas Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal.
Após ter um ofício ignorado na segunda-feira (9), a Promotoria de Defesa do Consumidor enviou um novo requerimento à FPF para ser respondido até esta quarta (10). "Esperamos o bom senso prevaleça e que se convoque uma reunião para definir o local do jogo o quanto antes. O Ministério Público não vai aguardar que o anúncio seja feito em cima da hora. Caso não sejamos atendidos, vamos tomar medidas administrativas e, se necessário, judiciais", alertou a promotora Cristina Corso Ruaro.
Por meio da assessoria de imprensa, a Federação informou nessa terça que deve responder ao ofício, mas invocou novamente o prazo de 72 horas para o agendamento do duelo.
O mandante Atlético foi informado oficialmente ontem pelo Ministério Público de que não poderá usar sua casa provisória para tentar conquistar o turno e a consequente vaga na final contra o já classificado Coritiba. Sem área de isolamento que pudesse separar as torcidas no acesso, o Janguito Malucelli foi vetado tanto pela PM quanto pelo MP.
"Não há problema nenhum com o estádio. A dificuldade está no entorno. Além disso, o jogo é em um domingo, quando há intensa movimentação tanto no shopping quanto no [Parque] Barigui. O parque também é um local onde se podem esconder armas e bombas caseiras", explicou o major Dorian Cavalheiro. Para piorar, o jogo está marcado no feriado do dia 21 de abril e a Polícia Rodoviária Federal alertou para a impossibilidade de garantir a segurança nos arredores diante da esperada movimentação na BR-277.
Apesar de todos os argumentos, os representantes da polícia e do MP que levantam essa preocupação desde o primeiro Atletiba do ano disseram que a FPF ainda insistiu em manter o duelo no Ecoestádio, alegando que o local teria todos os laudos necessários para a realização dos jogos. "São laudos técnicos, que não dizem respeito à segurança. Este não é um jogo qualquer, é um clássico potencialmente perigoso e quando os confrontos entre os torcedores são comum. A preocupação não se refere apenas aos torcedores, mas também aos moradores de região", reforçou a promotora. De acordo com o major Cavalheiro, houve inclusive sugestão de alteração de data, rejeitada pela polícia.
As autoridades não se manifestam sobre qual estádio deve abrigar o clássico, mas a polícia adiantou estar preparada para qualquer escolha entre os principais cotados: Couto Pereira, Vila Olímpica, Germano Krüger (Ponta Grossa) e Gigante do Itiberê (Paranaguá), esse último exigiria mudança de data, pois abrigará um duelo do Rio Branco no dia 21.
Os pontos positivos e negativos de alguns dos locais em que o Atlético pode mandar o clássico com o Coritiba:
As opções