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Vilson Ribeiro de Andrade elogia o comprometimento do time e o comando do técnico Marquinhos Santos na briga contra a ZR | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Vilson Ribeiro de Andrade elogia o comprometimento do time e o comando do técnico Marquinhos Santos na briga contra a ZR| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

O confronto de hoje entre Coritiba e Grêmio, às 18h30, no Couto Pereira, e os sete jogos na sequência antes do fim do Brasileiro têm feito o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, evitar falar do futuro do clube, principalmente das eleições de 13 de dezembro. O foco é manter o time na Série A. Ontem, porém, ele abriu uma exceção, e falou sobre quase tudo. Confira alguns trechos.

Atraso de salários

O Coritiba não tem mais problemas em relação a isso.

Dedicação dos jogadores

O grupo é excelente. Te­­nho sentido nas reuniões com eles, estão todo dia se cobrando, é impressionante como um conversa com o outro, a dedicação dos treinamentos, a análise do comprometimento em relação à busca de sair dessa situação. E tem uma liderança muito boa do [técnico] Marquinhos [Santos] em relação ao grupo. Vamos sair dessa situação.

Eleições

Processo eleitoral é depois, em dezembro. Seja quem for o candidato, as chapas e as propostas que vierem, todas serão bem-vindas. É uma democracia. Acima de tudo nós temos de unir a família em torno do Coritiba no campo. Torcida, sócios oposição, situação, seja quem for.

Erro em 2014

O grande erro na realidade foi o primeiro semestre que a gente perdeu. Tivemos de refazer o plantel. Quando muda o planejamento no meio do caminho, há dificuldades. Depois que o Marquinhos veio, o time evoluiu. Quando você erra o planejamento no primeiro semestre, paga no segundo.

Celso Roth

Veio com 92% de aprovação, era um treinador respeitadíssimo e é um grande treinador. Não deu certo, o time não encaixou com ele.

Marquinhos Santos

O Marquinhos está feliz aqui no Coritiba, ele se sentiu em casa, então isso ajudou todo o ambiente. Temos um caminho difícil, mas temos muito mais possibilidades de sair com o Marquinhos e vejo que a mudança foi necessária.

Alex

Sempre tivemos um bom relacionamento. Ele foi meu ídolo, sempre será o meu ídolo. É um grande jogador que eu admiro. É uma referência, não só no Coritiba, no mundo.

Experiência em campo

É a importância do Alex, desses jogadores mais experientes, o caso do próprio Júlio César, do Vanderlei. A experiência deles, não de idade, mas principalmente dentro do clube, em um momento de dificuldade, é importante. Eles agregam valores, têm a tranquilidade de administrar uma eventual crise. É muito importante que eles tenham esse compromisso não só dentro de campo, mas fora dele.

Dinheiro

Quando eu peguei o Cori­­tiba em 2010, tinha um fluxo de caixa negativo de R$ 40 milhões. Ninguém fala desse problema que eu venho cobrindo todo o ano. Eu tiro água de pedra. Agora o Coritiba hoje tem só da televisão, limpo, para 2015, 2016, 2017 e 2018, R$ 140 milhões que não existiam. Quando eu entrei, nós estávamos na Segunda Divisão, punidos, jogamos 19 partidas fora de casa e fomos campeões da Série B. A cota da televisão nós perdemos 50% imediatamente. E uma dívida, que todo mundo diz que não tinha, e que era de R$ 110 milhões.

Proforte

Ele é um marco histórico. Hoje os clubes estão passando um processo falimentar, que não é só A ou B, são todos, por uma série de erros do passado. Com a nova lei, a responsabilidade do dirigente é pessoal. Quem será um presidente de um clube, um diretor, um vice-presidente, vai assumir uma responsabilidade enorme. E tem que trabalhar o teu orçamento. Aumento de receita

O Coritiba é o 14º orçamento do futebol brasileiro. É o 13º em receita, o 14º em despesas e o 14º em dívidas também. Então nós estamos em um patamar que temos que focar dentro de um processo de busca de receita. A televisão já tem um critério político definido. Tem grupo 1,2,3 e 4. Nós estamos no grupo 4. Não adianta, esse é um processo que está aí, nós não temos como mudar. Isso vai até 2019. Então nós temos que buscar receita revelando jogadores e principalmente na base de sócios. Se não conseguir crescer nisso, vai ficar estabilizado com orçamento de R$ 80, R$ 90 milhões, e vai competir com times de R$ 300, 400 milhões.

Futuro dos salários

A média salarial no Brasil vai cair assustadoramente. Isso é um processo que eu discuti muito com o Bom Senso [Futebol Clube]. E eu não estou aqui discutindo se vale ou não vale, não é essa a questão. Mas pagar em um time R$700, R$ 800 mil de salário, tem que ter uma receita compatível para pagar isso e 99% dos times no Brasil não tem condição de pagar.

Nós temos que pôr um basta nisso, colocar uma linha aonde o clube vai viver com seu orçamento. O torcedor que é passional e que está na arquibancada, ele tem que saber exatamente que se quer um time mais competitivo, com mais investimento, tem que contribuir. Porque o presidente, o diretor, a diretoria, não vai ter condição de fazer passivos para buscar títulos. Porque se ele não cumprir as suas obrigações no ano seguinte ele cai de divisão, mesmo que seja campeão brasileiro.

Sócios

Não é o preço. O problema mesmo é a questão da cultura e da televisão. O pay per view hoje você paga R$ 49 por mês para ter os jogos. Muitas vezes o torcedor, pela violência, pelas dificuldades de locomoção, pelo problema do tempo, Curitiba tem uma capital muito fria no período do inverno, prefere pagar um valor para ficar em casa do que efetivamente ir ao estádio. Agora é um trabalho contínuo que temos que fazer para resgatar o sentimento de amor e criar mais oportunidades para trazer os sócios ao seu estádio. Mas tem que ter time competitivo porque a paixão do torcedor é a vitória.

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