Na ZR, Coxa busca ajuste mental contra o Fluminense

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Para quebrar a escrita de mau visitante no Brasileiro, o Coritiba vai precisar mais do que poder físico, tático e técnico. O time terá de parar de oscilar mentalmente para conseguir vencer o Fluminense nesta quinta-feira (4), às 16 horas, no Maracanã. A vitória é fundamental para o Coxa não correr o risco de permanecer na zona de rebaixamento – entrou na noite de quarta-feira (3) com a vitória do Cruzeiro sobre o Flamengo.

Os altos e baixos da equipe ficaram claros na semana passada. Contra a Ponte Preta, na quarta-feira (27), pela Copa do Brasil, o time conseguiu reagir ao gol sofrido em casa e virou a partida. Após o jogo, a “força mental” da equipe foi elogiada pelo técnico Marquinhos Santos. Apenas três dias depois, no sábado (30), o inverso. A equipe desmoronou após sofrer um gol do Avaí com menos de um minuto de jogo no Couto Pereira, depois de uma falha feia do capitão Leandro Almeida.

“Realmente foram dois opostos, não tem como explicar. É o momento”, diz o meia Thiago Galhardo, que viu o jogo contra os catarinenses de fora por causa de uma fisgada na coxa esquerda que o tirou do duelo.

Recuperado, o jogador será testado no vestiário do Maracanã para saber se entrará em campo. “Trabalhamos sim mentalmente. Nós, jogadores de futebol, temos de estar sempre preparados”, destaca o atleta.

A dificuldade de se reerguer após sofrer um gol não é novidade no Alto da Glória. Em 2015, o Coritiba saiu atrás no placar em nove partidas. Conseguiu reverter a desvantagem apenas duas vezes e amargou sete derrotas.

Com o objetivo de melhorar o preparo mental dos atletas, há cerca de 20 dias o psicólogo Gilberto Gaertner foi contratado. No papo semanal com o elenco, o profissional abordou essa alternância emocional.

“Ele frisou bastante isso. Para pegarmos o jogo contra a Ponte como exemplo”, contou o meia Ruy. “Se tomarmos um gol do Fluminense ou de qualquer outra equipe, não podemos nos abater tanto, mas sim criar uma motivação para conseguir sobressair”, acrescentou o meia.

A sequência de jogos fora de casa é outro grande obstáculo. Além do Flu, o Coritiba enfrenta o Inter, no domingo (7), no Beira-Rio, onde não vence desde 2002. Se voltar das viagens sem pontos na bagagem, a entrada na ZR é praticamente certa.

Ficar na área da degola, o que virou rotina no ano passado, só aumentará a pressão sobre o time.

“Quem passou por isso [em 2013] disse que é muito complicado. Se for possível evitar, será bom”, admite Ruy.