Assim como poucos acreditaram que ele viria, muitos duvidavam que ele ficaria. A permanência do atacante Kléber no Coritiba em 2016 tem um grande significado para o jogador. Ao assumir o compromisso de ficar no Alviverde, o Gladiador espera que as conquistas fiquem marcadas na sua carreira e na história do clube.
Mais maduro, mais calmo e muito mais caseiro e “família”, ele reconhece que ficou devendo no ano passado. No entanto, diz que as dificuldades fortaleceram o grupo e lhe deram a certeza de que ainda pode jogar em alto nível.
Gazeta do Povo: Por que decidiu ficar no Coritiba?
Kléber: Neste ano as minhas pretensões e as do clube são muito maiores. As pessoas que se somaram a nós nesse período, eu conheço e confio. O Valdir [Barbosa] é um cara com quem trabalhei no Cruzeiro e é muito competente, assim como o [técnico Gilson] Kleina. Quando eu soube que ele vinha fiquei muito feliz, pois é um treinador que dá liberdade aos jogadores. Podemos conversar e opinar. No futebol moderno isso é muito importante. Além disso, gostei demais da cidade. É a melhor que já morei depois de São Paulo.
Algo pesou mais? O lado pessoal ou o profissional?
As duas coisas. Vai ser um ano diferente. Confio e acredito muito nisso. Não dava para ter saído do Coritiba sem jogar o meu melhor futebol.
Retomei a confiança e sei que ainda dá para jogar em alto nível, que tenho potencial para isso. Não tive lesões e acabei o ano bem apesar das dificuldades. Foi por isso, por agradecimento e por reconhecer o que o Coritiba fez por mim. Ingrato eu nunca fui.
Você sabe que não rendeu o esperado em 2015. Ao ficar, assumiu um compromisso de mostrar mais futebol, além de demonstrar gratidão ao clube. Você espera ser lembrado por isso?
Você só vai deixar um legado pelas vitórias, bons campeonatos e títulos que conquistou. É lógico que é bacana ser lembrado por esse tipo de compromisso, mas quero muito mais. O Coxa ano passado não conquistou títulos, mas este ano a gente tem grandes possibilidades de ganhar o Paranaense, brigar muito melhor no Brasileiro e chegar muito longe na Copa do Brasil. Espero que seja um ano de títulos e vitórias para que eu possa deixar saudades se um dia eu decidir sair.
Ainda te incomoda a relação do teu nome com as polêmicas que você teve dentro e fora de campo?
Nunca tive dificuldades de me relacionar com jogadores e funcionários dos clubes pelos quais passei. Meu problema era fora de campo, de sair, de rua, de noite. De causar problemas fora de campo e expulsões dentro de campo.
Infelizmente, a gente acaba rotulado e marcado por isso. Me incomoda, mas com o tempo você vai tendo outra cabeça. Hoje sou mais maduro, tenho filhos, família. Não gostaria que meu filho pesquisasse na internet e visse as coisas que ficaram marcadas na minha carreira.
VÍDEO: formados na base do Coritiba, Juninho e Walisson Maia planejam repetir atuações de 2015
Leia a matéria completaVocê amadureceu?
Só passando por isso para aprender. Não adiantava falar algumas coisas comigo, infelizmente. Tive de passar por situações chatas para aprender. Lógico que as vezes você ouve coisas e fica chateado, mas isso só acontece pelo que fiz no passado. Agora é tentar minimizar o máximo possível isso, deixar de ficar mal ou chateado, e saber que foi num momento da carreira em que eu tinha outra cabeça.
Você abriu mão do seu salário no ano passado enquanto se recuperava de uma lesão e baixou ele para esta temporada. Por que?
Fiquei praticamente sete meses sem jogar e estava muito mal fisicamente. O Coritiba não tinha nada a ver com isso. Pelo contrário, apostou em mim e me deu a oportunidade de me recuperar. Era o mínimo que eu podia fazer. Retribuir. Mesmo que eu não tenha feito muitos gols, pude ter uma sequência de jogos. Isso foi muito importante para este ano, não para o ano passado. Retomei a confiança e sei que ainda dá para jogar em alto nível, que tenho potencial para isso. Não tive lesões e acabei o ano bem apesar das dificuldades. Foi por isso, por agradecimento e por reconhecer o que o Coritiba fez por mim. Ingrato eu nunca fui.
Nova cabeça e novo posicionamento em campo. Você conversou com o Gilson sobre essa mudança?
Ele viu jogos e a capacidade que tenho de fazer melhor do que no ano passado. Ele dá essa liberdade para todos. Tenta entender o melhor posicionamento de cada jogador, onde se adapta melhor, onde prefere jogar, e tenta encaixar o time dessa forma, para usar o melhor de cada um. Isso é importante e muito legal. Espero que dê resultados em campo
Conanda aprova aborto em meninas sem autorização dos pais e exclui orientação sobre adoção
Piorou geral: mercado eleva projeções para juros, dólar e inflação em 2025
Brasil dificulta atuação de multinacionais com a segunda pior burocracia do mundo
Dino suspende pagamento de R$ 4,2 bi em emendas e manda PF investigar liberação de recursos
Deixe sua opinião